Líderes empresariais envolvidos na fusão "Carreçúcar" mantêm silêncio

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No fim do primeiro round, ao completar duas semanas desde a proposta, a fusão entre o Grupo Pão de Açúcar (GPA) e o Carrefour estagnou, pelo menos no terreno das aparições públicas: os sócios da rede brasileira, Abílio Diniz e Jean-Charles Naouri, que também comanda o grupo francês Casino, pararam de trocar acusações; e o CEO do Carrefour, Lars Olofsson, não veio ao Brasil, como se havia especulado nos meios noticiosos. A situação atual do caso é de espera. Nesta semana, Olofsson pode vir ao País, segundo fontes do DCI, para defender a fusão perante entidades públicas, como o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Desenvolvimento. No dia 2 de agosto, acontece a assembleia de acionistas da Wilkes (holding controladora do GPA), na qual os sócios Diniz e Naouri devem finalmente se encontrar. - Já no Congresso, responsáveis pela proposta de fusão fizeram uma ofensiva na semana passada para explicar a negociação para os parlamentares e tentar anular possíveis resistências à operação.

 

Representantes da empresa Estater procuraram líderes de partidos governistas e oposicionistas para defender o negócio. A Estater é uma consultoria financeira, conhecida como "butique de investimentos", e que está por trás das grandes empreitadas da empresa de Abílio Diniz.

 

Segundo parlamentares, um dos principais pontos que a Estater tratou nesses encontros com os líderes foi a participação do BNDES na operação. A reação contra o uso de dinheiro do contribuinte no negócio foi imediata em vários segmentos econômicos e até mesmo dentro do governo. Por isso, o sócio da Estater, Pércio de Souza, tratou de explicar que o BNDES não irá financiar a fusão, segundo relato dos deputados. Ele teria argumentado que a participação da instituição seria por meio de uma sociedade com o BNDESPar, o braço de investimentos do banco de fomento.

 

O DEM também apresentou requerimento de convocação do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para falar na comissão de Defesa do Consumidor. A bancada do partido é majoritariamente contrária à fusão e criticam o possível uso de R$ 4,5 bilhões do BNDES.

 

Os requerimentos deverão ser votados nesta semana, última dos trabalhos legislativos deste semestre. As audiências públicas para os depoimentos só deverão ser realizadas em agosto, depois da volta do recesso parlamentar.

 

Fim da semana

 

Após diversas trocas de farpas entre os principais envolvidos na fusão, e de ter usado incisivamente o Twitter para defender a fusão com o Carrefour, Abílio Diniz aproveitou seus 128 caracteres na ferramenta, para mostrar-se fã de futebol. "Força Milton Cruz. Os jogadores do São Paulo gostam muito de você", tuitou na última sexta-feira.

 

Veículo: DCI


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