A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), ligada ao Ministério da Fazenda, comunicou que recomendará ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a aprovação sem restrições da fusão entre as Lojas Insinuante e a Ricardo Eletro, que anunciaram o negócio há um ano e quatro meses.
O casamento envolve a união das atividades, bens, direitos e obrigações das redes de móveis e eletrodomésticos. Com o negócio, as empresas devem consolidar a holding Máquina de Vendas, que entra para o mercado como o segundo maior grupo de varejo do Brasil, tendo 8% de market share (divisão de mercado).
Apesar da concentração no varejo nacional - tema suscitado pela possível fusão entre os supermercados Pão de Açúcar e Carrefour -, o parecer da Seae não faz uma análise sobre o sufocamento da concorrência no setor. Atém-se exclusivamente à fusão específica entre a Ricardo Eletro e as Lojas Insinuante.
A relatoria ainda será encaminhadas à Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, antes que chegue às mãos do Cade. No órgão antitruste, caberá ao conselheiro Carlos Ragazzo, o mesmo que votou contra a fusão entre Sadia e Perdigão, avaliar e julgar o caso.
Segundo as duas empresas, a Máquina de Vendas deve começar com faturamento de R$ 5 bilhões e cerca de 530 lojas espalhadas por 16 estados, além do Distrito Federal. A gestão da holding será compartilhada entre Ricardo Nunes (da Ricardo Eletro) e Luiz Carlos Batista (Insinuante).
Veículo: DCI