A L'Oréal, maior fabricante mundial de cosméticos, registrou aumento de 0,9% nas vendas do segundo trimestre e prevê que superará o desempenho do mercado como um todo em 2011.
A receita subiu para € 4,99 bilhões, segundo comunicado divulgado ontem pela empresa. Excluindo aquisições e variações cambiais, a receita cresceu 4,6%.
A demanda na América Latina, China e Índia por produtos de luxo, como o perfume Giorgio Armani, puxou o crescimento na receita, mais do que compensando o declínio de 4,9% verificado nas vendas na América do Norte. Na Europa Ocidental, maior mercado da L'Oréal, a receita cresceu 1,4%.
A empresa, fundada há 102 anos, prevê crescimento no mercado mundial de cosméticos em torno a 4% neste ano. "A L'Oréal parece estar se beneficiando do foco da administração" em inovação e em novas categorias de produtos, assim como na intensificação do marketing, disse o analista Andrew Wood, da Sanford C. Bernstein, em informe divulgado na segunda-feira. Sua classificação para as ações da companhia é de "desempenho abaixo da média".
As ações da L'Oréal fecharam em baixa de 0,7%, cotadas a € 87,89, nas negociações em Paris, na sessão de ontem. A receita do segundo trimestre foi anunciada após o fechamento dos mercados.
"Com uma tendência favorável no mercado global e com um programa rico em iniciativas para a segunda metade [do ano] em todas as divisões, estamos entrando na segunda metade com confiança", disse o CEO da L'Oréal, Jean-Paul Agon, no comunicado.
As vendas da divisão de produtos de consumo, a maior da L'Oréal, aumentaram 4%, sem levar em conta aquisições e variações cambiais. "A Maybelline está confirmando seu dinamismo e a L'Oréal Paris está acelerando", informou a empresa.
A receita da unidade de luxo, com marcas como Helena Rubinstein e Kiehl's, subiram 9,5%. "As tendências de vendas são dinâmicas, particularmente na Ásia, nos EUA e no varejo de viagem", informou a L'Oréal. A receita da Body Shop avançou 4,5%, e a de produtos dermatológicos, 4,9%.
As vendas cresceram 4,4% na América do Norte e 8,6% nos chamados "novos mercados", puxadas pela região da Ásia-Pacífico, onde houve alta de 14%. Na Europa Ocidental, a receita registrou elevação de 1,2%, enquanto no Leste Europeu houve queda de 5,4%, com resultados particularmente "desapontadores" na Rússia e Ucrânia, segundo o CEO. (
Veículo: Valor Econômico