Diante do fracasso da fusão com o Pão de Açúcar, os principais acionistas da varejista francesa Carrefour já estudam negócios alternativos envolvendo a operação brasileira, uma das mais rentáveis e de maior valor do grupo no mundo.
Os candidatos são os de sempre: a rede americana Walmart, que em 2009 quase comprou o Carrefour brasileiro; e a chilena Cencosud, uma das maiores supermercadistas latino-americanas, que adquiriu as varejistas GBarbosa e Bretas, de Minas.
A Folha apurou que bancos de investimento brasileiro e internacionais tentam remodelar o negócio desenhado pela Estáter, butique especializada em fusões e aquisições que arquitetou a fusão "Carreçúcar", para os dois potenciais compradores.
Não está descartada nem a participação do BNDES, principal atrativo da operação abortada ontem, apesar de os dois potenciais compradores do Carrefour brasileiro serem varejistas estrangeiros.
Os bancos de investimento entendem que o BNDESPar deixou a "porta aberta" para financiar o varejo e só desistiu da fusão por conta da disputa societária entre o grupo francês Casino e Abilio Diniz, presidente do conselho do Pão de Açúcar.
O conselho do Carrefour chegou a aprovar a fusão da operação brasileira com o Pão de Açúcar, apesar do protesto do Casino.
O presidente mundial do varejista francês, Lars Olofsson, dispôs-se a vir ao Brasil para defender a viabilidade do negócio, mas desistiu da ideia quando viu a operação naufragar na segunda, quando o BNDES sinalizou que iria retirar seu apoio à fusão. (TS)
Veículo: Folha de S.Paulo