Unilever reorganiza estrutura e Brasil terá novo presidente

Leia em 2min 30s

Há mudanças em outros países emergentes como China e Austrália que objetivam deixar grupo mais eficiente

 

A Unilever fez uma reorganização mundial de funções e a mudança afetou o Brasil. O presidente da companhia no país, Kees Kruythoff, deixará o cargo após pouco mais de três anos na função. A partir de 1º de setembro, Kruythoff assumirá a presidência do grupo na América do Norte. A Unilever é fabricante de marcas como Omo, Dove, Rexona e Knorr.

 

O executivo foi contratado para fazer a empresa crescer de forma mais veloz por aqui e, com a mudança, ele atuará num mercado desenvolvido, que vinha perdendo parte do foco da companhia, por conta da expansão do grupo nos mercados emergentes.

 

A subsidiária brasileira não terá mais um presidente exclusivamente para atuar apenas para a operação local. Ficou decidido que a Unilever Brasil passa a integrar o grupo da América Latina - algo que não acontecia antes - e esse grupo será comandado pelo argentino Miguel Kozuszok, atual presidente do Cone Sul. Kozuszok será responsável por Brasil e deve trabalhar a partir do escritório da Unilever em São Paulo.

 

A companhia confirma as mudanças na operação, mas não esclarece quais seriam as motivações para a troca do comando no Brasil.

 

Outras alterações foram feitas pelo grupo. Alan Jope, atual presidente da Unilever na China, assume as operações no Norte da Ásia. O sudeste da Ásia e a Austrália ficam sob comando de Peter Ter Kulve, que antes ocupava a linha de frente da empresa na Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo. Nitin Paranjpe seguirá como presidente para o sul da Ásia.

 

O executivo Izzet Karaca, presidente da empresa na Turquia, passará a responder por Norte da África, Oriente Médio, Turquia e Rússia. A África será chefiada por Frank Braeken, que ocupava a vice-presidência da operação no Norte da África, Oriente Médio e África Central.

 

No Brasil, Kruythoff tornou-se presidente da operação em abril de 2008 dentro de uma expectativa de fazer a empresa acelerar o crescimento. No ano de sua chegada, a empresa faturou R$ 10,29 bilhões e atuava num mercado menos competitivo. O executivo deve deixar o negócio num momento de agressividade maior dos rivais e expectativa de receita bruta entre R$ 12,8 bilhões a R$ 13 bilhões em 2011, na análise de consultores. Será uma expansão de 26% de 2008 a 2011, uma média de cerca de 6,5% ao ano. É uma taxa acima da verificada entre 2004 e 2007, quando a empresa pulou de R$ 8,6 bilhões para R$ 9,7 bilhões.

 

A Unilever avalia, por exemplo, que consumidores do Oriente Médio e da Turquia são mais parecidos com aqueles do sudeste da Ásia em termos de perfil de compra, e por isso precisam ter o mesmo comando. Essa percepção do negócio pode explicar a decisão de reorganizar as funções.

 


Veículo: Valor Econômico


Veja também

América Latina ajuda resultado da L'Oréal

A L'Oréal, maior fabricante mundial de cosméticos, registrou aumento de 0,9% nas vendas do segundo trimest...

Veja mais
Brinquedos: Lego avança no Norte e Nordeste

Encaixar peças de Lego é uma brincadeira cada vez mais comum no Norte e no Nordeste. No ano passado, enqua...

Veja mais
Governo mantém restrição a garrafa chinesa

O governo brasileiro decidiu prorrogar por até cinco anos as restrições impostas à entrada d...

Veja mais
Cúpula do Casino rejeita fusão e faz BNDES e Pactual desistirem

O conselho de administração do Casino provocou uma reação em cadeia que pode malograr de vez...

Veja mais
Panificação no interior investe na diferenciação de serviços

As padarias da região de Campinas têm investido em diversificação de serviços e de pro...

Veja mais
Clima deve afetar ainda mais os preços do trigo no Brasil

Com isso, o tradicional pãozinho pode ficar até 5% mais caro. A saca de 50 quilos de farinha, que no ano p...

Veja mais
Fusão Pão de Açúcar-Carrefour naufraga

Casino veta união, e, sem acordo entre sócios, BNDES oficializa saída do negócio; Abilio ped...

Veja mais
Bancos querem vender Carrefour para o Walmart

Diante do fracasso da fusão com o Pão de Açúcar, os principais acionistas da varejista franc...

Veja mais
Camil adquire empresa líder no mercado de arroz

A brasileira Camil Alimentos é a nova proprietária da Campania de Alimentos da América (Cada), l&ia...

Veja mais