A produção brasileira de cloro e soda apresentou queda superior a 10% no primeiro semestre em relação a igual período de 2010, segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor). A retração, destaca a entidade, é conseqüência do apagão que atingiu o Nordeste em fevereiro e afetou a produção do setor principalmente em Camaçari (BA). Além disso, o indicador também foi pressionado por problemas ocorridos na unidade da Braskem em Alagoas.
O volume de cloro produzido no Brasil entre janeiro e junho somou 593,1 mil toneladas, retração de 12,7% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Já a produção de soda encolheu 13,3% em igual comparação, para 653 mil toneladas. A taxa de utilização de capacidade instalada na produção de cloro foi de 79,6% neste ano, queda de 12,3 pontos porcentuais em relação ao primeiro semestre de 2010 (91,9%).
Na esteira do menor volume produzido, as vendas totais de soda caíram 13,1% no semestre para 552,4 mil toneladas. As importações, por sua vez, saltaram 26,7% no semestre, para 626,9 mil toneladas, superando o volume total de vendas (domésticas e exportações) em 13,5%. O consumo aparente semestral alcançou 1,266 milhão de toneladas, expansão de 3,5% na base comparativa, justificado principalmente pela demanda dos setores de papel e celulose e química e petroquímica.
Veículo: Diário do Comércio - MG