Laticínios: Embaré estreia no segmento de longa vida

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Após cinco décadas vendendo leite em pó sobretudo para o Nordeste, a mineira Embaré estreou um novo produto para reforçar sua presença no Sudeste. Com investimento de R$ 24 milhões, a fábrica de laticínios começou a produzir leite UHT e quer atrair mais clientes em Minas Gerais, Espírito Santo e interior do Rio. Três praças onde a empresa já tem participação com outros produtos.

 

Em um ano e meio, a meta da empresa é que o leite em caixinha da marca Camponesa represente 20% de seu faturamento - previsto para R$ 650 milhões em 2001.

 

Sediada em Lagoa dos Patos, centro-oeste mineiro, a Embaré é a terceira maior produtora de leite em pó do país, atrás de Nestlé e Itambé. O produto, que representa quase 70% do faturamento, começou a ser vendido nos anos 60 no Norte e Nordeste. Pernambuco, Paraíba e Alagoas são os maiores compradores. "Há alguns anos, temos avançado mais no Sul e Sudeste e sentimos a necessidade de oferecer o leite UHT", disse ao Valor, Hamilton Antunes, vice-presidente de gestão e finanças da Embaré.

 

Em outubro, a companhia começou a discutir a estratégia para fabricar leite UHT. Fechou com a Tetra Pak o fornecimento de embalagens para a nova linha, e ampliou a planta de 32,5 mil m² para 34 mil. O projeto prevê a abertura de 100 novos postos de trabalho. A empresa tem hoje 1.350 funcionários. A expansão permitiu o aumento da capacidade instalada de 1,7 milhão de litros de leite e derivados/ dia para cerca de 2 milhões.

 

A empresa produz além do leite em pó da marca Camponesa, o carro-chefe, leite condensado, bebidas lácteas, creme de leite e manteiga. A ideia, numa primeira fase, é ampliar o cardápio de produtos com o leite em caixinha para o varejo onde a marca já tem alguma entrada - Minas, Espírito Santo e Rio. O produto chega às prateleiras em caixa do tipo longa vida com tampa de rosca. "Vamos concorrer com marcas líderes", diz Antunes.

 

A história da Embaré começou há 76 anos. Conduzida pela família Antunes (e presidida por Haroldo Antunes, pai Hamilton e de Alexandre Antunes, que ocupa o cargo de vice-presidente de operações industriais), a empresa registrou aumento médio no faturamento anual de 18,5% entre 1994 a 2007, diz Alexandre. De 2008 e 2009, praticamente nenhum avanço e 2010, um salto do faturamento de 21%, ficando em R$ 616 milhões.

 

A expectativa é que, em um ano e meio, a fábrica use sua capacidade total de produção de leite UHT, de 300 mil litros/dia, respondendo por cerca de 20% do faturamento.

 

A indústria de leite e derivados em Minas movimenta entre R$ 12 bilhões e R$ 13 bilhões por ano, segundo o Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg). São 8 bilhões de litros por ano. Mais de 50% da produção é vendida para outros Estados. A indústria é responsável por 25 mil empregos diretos. As maiores fábricas de leite em pó, UHT e iogurtes do Estado são as da Itambé, Nestlé, Danone, Embaré e Lácteos do Brasil (LBR).

 


Veículo: Valor Econômico


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