A Souza Cruz S/A, subsidiária do grupo londrino British American Tabacco (BAT), vai investir R$ 30 milhões na fábrica da empresa instalada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O aporte será destinado à renovação do parque industrial. Em 2010, os investimentos no Estado somaram R$ 25 milhões.
O gerente-geral da unidade de Uberlândia, Rodrigo Mendonça, informa que a planta do Triângulo Mineiro produz 44 bilhões de cigarros por ano. A quantia equivale a cerca de 60% da produção total da empresa no Brasil. A fábrica da Souza Cruz de Porto Alegre (RS) produz 28 bilhões de cigarros anualmente. "O investimento não tem o objetivo de elevar a produção. Buscamos a atualização tecnológica do maquinário para oferecer produtos alinhados com o mercado internacional."
Mendonça disse, ainda, que os produtos da linha Premium da Souza Cruz (Dunhill, Free, Lucky Strike) são fabricados somente na planta de Uberlândia. Além deles, todos os outros do portfólio da empresa têm parte da produção no Triângulo Mineiro.
Em 2010, a companhia investiu R$ 65 milhões em inovação para o desenvolvimento de produtos e na aquisição de equipamentos. Desse total, R$ 25 milhões foram destinados à unidade fabril de Minas Gerais.
Fumo exportado pela Souza Cruz é processado em quatro usinas mantidas pela companhia
Balanço - Os negócios da Souza Cruz estão aquecidos neste ano. Relatório divulgado pela empresa com o balanço do primeiro semestre deste ano mostra que o lucro líqüido consolidado da companhia foi de R$ 783,6 milhões, sendo 10,9% superior ao obtido no mesmo período do exercício passado (R$ 706,5 milhões). O Ebitda foi de R$ 1,19 bilhão, 17,2% superior ao apresentado no primeiro semestre de 2010 (R$ 1,02 bilhão).
O gerente-geral da unidade de Uberlândia diz que os principais fatores que influenciaram os resultados foram os maiores preços dos cigarros e o maior volume de exportação de fumo. O preço do cigarro foi reajustado em janeiro último, segundo a empresa, devido às pressões dos custos. O volume de vendas de cigarros no primeiro semestre deste ano caiu 2,7% em relação ao mesmo período do exercício passado.
O relatório da empresa atribui a queda à crescente participação de marcas contrabandeadas no mercado brasileiro, "sobretudo em função da forte carga tributária imposta sobre a indústria de cigarros".
No segmento Premium, os volumes das marcas Dunhill e Free aumentaram, respectivamente, 10,3% e 2,8% em relação ao primeiro semestre de 2010. Ainda nesse segmento, a marca Lucky Strike vem se destacando desde seu lançamento, ocorrido em março de 2010, e já corresponde a mais da metade do volume comercializado de toda a família.
No segmento denominado Value for Money, composto por cigarros de preços mais baixos, o destaque foi a marca Hollywood, que manteve seu volume de vendas no mesmo patamar do primeiro semestre de 2010, "apesar das pressões exercidas pelo contrabando de cigarros".
As exportações de fumo no primeiro semestre de 2011 foram 25,1% superiores ao mesmo período de 2010 e totalizaram 45,1 mil toneladas. Esse montante contempla negociações de volumes de fumo da safra anterior, mas que só foram embarcados neste ano. O fumo exportado pela Souza Cruz é processado em quatro usinas mantidas pela companhia nas cidades de Santa Cruz do Sul (RS), Rio Negro (PR), Blumenau (SC) e Patos (PB).
Veículo: Diário do Comércio - MG