Sem tanto frio, julho foi fraco para o varejo

Leia em 1min 50s

O mês de julho deixou a desejar para os varejistas de São Paulo. Foram dois os motivos que provocaram a queda nas vendas. "Os dados do mês mostram uma desaceleração nos negócios. Mas é preciso destacar o efeito da ausência do frio, notadamente na segunda quinzena de julho. Além disso, neste mês, os lojistas tiveram um dia a menos para vender, em comparação com igual período de 2010", afirmou ontem o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato.

 

O Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que mede as vendas a prazo, teve alta de 3% no mês passado, em comparação com igual mês de 2010 – com um dia útil a menos. Já o SCPC Cheque, que mostra o movimento à vista, registrou estabilidade, com ligeiro crescimento de 0,1%. Os dados são da Boa Vista Serviços (BVS), da ACSP, que publica este Diário do Comércio. A média de variação do ritmo diário dos dois índices foi de 5,4% em julho.

 

O economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, Emilio Alfieri, chamou a atenção para a queda na média do ritmo diário do mês passado, se comparado com a média do primeiro semestre de 2010, que foi de 6,7%. "Como o clima frio quase não apareceu no mês passado, houve retração na procura de roupas e acessórios de inverno. Nas vendas a prazo, predominou a comercialização de eletroportáteis", detalhou Alfieri.

 

Inadimplência – Outro destaque no balanço do mês de julho é a tendência de alta da inadimplência. Os registros recebidos tiveram aumento de 13,1%, em relação a igual mês de 2010. Já os cancelados – os que mostram que levaram à realização de negociações de crédito – registraram crescimento menor, de 10,3%. "Em síntese, o balanço do mês de julho demonstra que houve desaceleração nas vendas, ao mesmo tempo em que a inadimplência continuou na tendência gradual de crescimento. O quadro sugere que o mercado lojista tenha cautela na hora de vender a prazo", afirmou o economista da ACSP.

 


Veículo: Diário do Comércio - SP


Veja também

Custos anulam rentabilidade

A tendência para os próximos meses é de mercado firme para o leite, mantendo, assim, os preço...

Veja mais
Embaré entra no mercado de leite

Empresa vai disputar com grandes do setor de longa vida   A veterana Embaré, tradicional fabricante mineir...

Veja mais
Investimento em cafés especiais exige recursos e tecnologia

Um grande número de cafeicultores tem se engajado na produção de cafés especiais, garantindo...

Veja mais
Carrefour transfere parte das lojas para a marca popular Atacadão

Para cativar consumidores das classes C, D e E, o Carrefour iniciou a substituição do nome de algumas loja...

Veja mais
Cremes e loções ganham mais espaço nos lares

Entre os produtos com maior valor agregado, os que tiveram aumento mais expressivo de presença nos domicíl...

Veja mais
Ajinomoto quer dobrar de tamanho

Alimentos: Companhia japonesa prepara investimento de R$ 291 milhões em quatro fábricas Na sua primeira e...

Veja mais
Comida saudável muda tendências

A alimentação é um fato social total, mobiliza as esferas políticas, ideológicas, soc...

Veja mais
É melhor unir do que remediar

Droga Raia e Drogasil querem se unir para enfrentar os concorrentes nacionais agora e os estrangeiros daqui a pouco Os ...

Veja mais
Vilma Alimentos chega ao PR e planeja verticalização

A Vilma Alimentos, uma das maiores empresas de massas de Minas Gerais, com faturamento de R$ 429 milhões em 2010,...

Veja mais