Peles descartadas viram artigos de moda no Sul

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Empresa do RS utiliza as sobras de animais que já foram abatidos para a produção de bolsas, calçados e acessórios.

 

As peles descartadas em frigoríficos viram matéria-prima para a indústria Péltica, do Rio Grande do Sul. A empresa, há quatro anos no mercado, utiliza as sobras de animais que já foram abatidos para a comercialização da carne, como coelhos, peixes e avestruzes. O resultado é couro para produção de bolsas, calçados e acessórios.

 

"A Péltica beneficia peles somente quando essas são subprodutos de animais abatidos para consumo da carne. Por isso, não utilizamos a pele de cobra e outros animais exóticos", diz Maicon Mossmann, sócio da empresa.

 

Muitas vezes essas peles são jogadas nos rios pelos frigoríficos, que processam a carne para vendê-la em filés. Segundo Mossmann, todo o material comprado vem de frigoríficos regularizados e com fiscalização sanitária.

 

"Compramos a pele de peixe dos frigoríficos da região Norte. A pele de coelho vem de São Paulo e a de avestruz, da África. Tínhamos fornecedores de pele de avestruz no Brasil, mas grande parte dos frigoríficos fechou".

 

A empresa participa do Salão Inspira Mais, em São Paulo, e traz como novidade a pele de Pescada Amarela, mais resistente em relação aos outros couros produzidos. "A pele da Pescada dá um acabamento muito bonito. Por ser um peixe pequeno deve ser usada de forma artesanal".

 

Atualmente a Péltica produz cerca de 3 mil peças por mês, mas tem capacidade para processar 20 mil. "Queremos mostrar ao mercado que é possível usar a pele integralmente na composição do calçado ou da bolsa e não apenas como um detalhe. Nosso objetivo é ganhar escala e, com isso, diminuir o preço do produto".

 

Fórum - O Fórum de Inspirações Inverno 2012, da Assintecal, propõe para a estação produtos voltados para a estrutura corporal propriamente dita - músculos, ossos. A inspiração ajudou a Fiveltec Acessórios e Metais Plásticos, de Birigui (SP), a desenvolver uma linha de fivelas e acessórios que lembram as fibras musculares e as costelas humanas.

 

Segundo o estilista da empresa, Lucas Gabriel, essas peças são utilizadas em sapatos femininos e detalhes em bolsas. "São peças grandes que acabam se destacando no produto".

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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