Maioria vai comprar o presente à vista e em dinheiro.
O consumidor da Capital deve gastar mais do que o previsto com o presente do Dia dos Pais e pagar em dinheiro. Pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), divulgada ontem, mostra que 45% das 400 pessoas entrevistadas planejam compras entre R$ 51 e R$ 100 e que 35% delas vão pagar em espécie.
Ainda segundo o estudo, 31% dos clientes vão limitar os gastos em R$ 50 e apenas 24% vão adquirir presentes que custem mais de R$ 100. Quanto à forma de pagamento, 34% vão utilizar o parcelamento pelo cartão de crédito e 22% pagarão à vista no cartão de débito.
Esses números contrariam levantamento feito em julho pela entidade junto a empresários da cidade. Na ocasião, 55% disseram que o tíquete médio não ultrapassaria R$ 50, enquanto 93% apostaram que o pagamento seria parcelado no "dinheiro de plástico".
Na avaliação da economista de CDL-BH, Larissa Batista, os comerciantes estão menos otimistas do que os clientes porque sentem que os aumentos sucessivos na taxa básica de juros, a Selic, vão provocar encarecimento do crédito e redução das vendas. "Os consumidores ainda não sentiram o impacto porque, para eles, a situação financeira continua a mesma. O mercado ainda está aquecido e a renda cresce acima da inflação", considera.
A nova pesquisa também revelou que, na comparação com a mesma data de 2010, o consumo neste ano será menor para 38% dos entrevistados, enquanto 32% acreditam que vão gastar mais. A maior parte deles considera que sua situação financeira melhorou, sendo que 37% atribuíram o fato ao aumento da renda e 14% à maior segurança no emprego. Segundo 42% a situação é a mesma do exercício passado.
Para a economista, os resultados dão ânimo ao empresário varejista. "Ele vai se planejar sabendo que o cliente se sente mais seguro e está propenso a gastar mais no Dia dos Pais e nas próximas datas comemorativas. Com isso, vai investir em formas de atrair os compradores, com promoções, melhorias na loja e no atendimento", prevê.
Shoppings - Os locais de compra mais procurados devem ser os shoppings (34%), seguidos pelos centros comerciais (27%), comércio próximo à moradia (18%), malls populares (6%) e internet (2%).
Como sempre, a compra será feita na "última hora", já que 65% dos consumidores ouvidos ainda não adquiriram o presente dos pais, deixando o trabalho para este mês. E 95% deles garantem que o dinheiro sairá do próprio bolso, reduzindo as possibilidades de empréstimo com conhecidos (3%) ou uso do cheque especial (1%).
O atendimento qualificado (30%) ficou na frente do preço dos produtos (25%) entre os fatores que mais atraem os consumidores na hora da compra. Ambiente agradável (14%), facilidade de estacionamento (9%) e de pagamento (6%) também foram citados. As roupas são o presente mais lembrado pelos filhos e mães (38%). Mas os calçados (11%), acessórios (9%) e eletroeletrônicos (8%) também serão procurados.
Veículo: Diário do Comércio - MG