A Nestlé informou ontem ter tido um lucro de 4,7 bilhões de francos suíços (US$ 6,44 bilhões) no primeiro semestre do ano fiscal, queda de 13,77% ante igual período do ano passado. As vendas do primeiro semestre recuaram 12,8%, para 41 bilhões de francos. Sem o efeito do câmbio, as vendas da empresa aumentaram 7,5%, superando a sua meta de longo prazo, de 5% a 6%. Apesar das incertezas econômicas, a companhia manteve a meta de crescimento perto de 6% neste ano. Nos mercados emergentes as vendas da companhia cresceram 13,3%; nos desenvolvidos, 4,4%.
A empresa estimou que a pressão provocada pela elevação dos preços de matérias-primas, como açúcar e café, deve diminuir neste segundo semestre, e que espera que a oscilação do franco suíço cause menor impacto nos resultados da companhia. A valorização de 13,8% na moeda reduziu em 13,8% o faturamento no primeiro semestre do ano.
A valorização do franco suíço reduziu o fluxo de caixa operacional entre 600 milhões a 700 milhões de francos. Mas a companhia elevou sua perspectiva para o ano, dizendo que o crescimento orgânico ficará no lado mais alto do intervalo estimado anteriormente, de 5% a 6%. "Enfrentamos preços recordes nas matérias-primas, volatilidade extrema no câmbio e uma valorização aparentemente interminável no franco suíço", disse o diretor financeiro da companhia, James Singh. "Mas precisamos separar o impacto do câmbio de nossa sólida performance."
Veículo: Diário do Comércio - SP