Varejistas do Triângulo preocupados

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Crise pela qual passa o setor sucroalcooleiro pode provocar redução das vendas do comércio na região.

 

O comércio varejista dos municípios do Triângulo Mineiro está preocupado com a situação do setor sucroalcooleiro, em virtude da crise no sistema financeiro internacional. Caso o cenário continue o mesmo nos próximos meses, poderá haver retração nas vendas da região, conforme representantes do segmento ouvidos pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO. Além disso, a falta de crédito deverá frear os negócios relacionados ao Natal.

 

A falta de crédito no mercado está levando as usinas a atrasarem o pagamento de salários aos empregados. Além disso, os empresários do setor estariam postergando o pagamento de dívidas junto aos fornecedores. A indústria sucroalcooleira é uma dos setores mais importantes para a economia do Triângulo Mineiro.

 

De acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Uberlândia (CDL-Uberlândia), Celso Vilela, por enquanto, não foi registrado nenhum impacto no comércio varejista do município. "Mas se esta situação perdurar deveremos verificar reflexos no segmento", afirmou.

 

Além dos problemas enfrentados pela indústria do álcool e açúcar, a crise de crédito deixa o segmento apreensivo na cidade. "O consumidor deverá ser mais cauteloso na hora das compras para o Natal este ano", informou o presidente da CDL-Uberlândia.

 

Em Uberaba os impactos da situação atravessada pela indústria sucroalcooleira também não foram ainda percebidos, de acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Uberaba (CDL-Uberaba), Fakher Fakhoury. "Se isso chegar a acontercer haverá reflexos no comércio varejista do município, pois os salários pagos movimentam o comércio", disse.

 

Além disso, conforme o presidente da entidade, os consumidores de cidades próximas, que em grande parte são trabalhadores das usinas, realizam as compras no município.

 

Mesmo sem os impactos do setor sucroalcooleiro, já é esperada uma desaceleração nas vendas no final deste ano, provocada pela crise internacional. As estimativas iniciais do segmento apontavam um crescimento de aproximadamente 14% nos negócios nos últimos dois meses do ano, ante ao mesmo período do ano passado. "Com este cenário não deverá ultrapassar 8% de incremento", afirmou Fakhoury.

 

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Ituiutaba (CDL-Ituiutaba), Elton Garcia, a indústria do álcool e do açúcar ainda impulsiona os negócios do comércio varejista local. O segmento deverá verificar uma crescimento de 10% este ano na comparação com o ano passado.

 

Apesar disso a falta de liquidez poderá ser um entrave para o segmento. "Com a falta de crédito é mais difícil realizar a venda", afirmou Garcia. Conforme ele, já é verificado a redução da oferta de financiamentos.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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