Whirlpool baixa preço de lavadora de louça

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A fabricante de eletrodomésticos Whirlpool quer mudar um velho hábito do brasileiro, em especial das donas de casa: lavar louça. Não que a consumidora faça questão de ir para a pia, mas na hora de fazer alguma compra em linha branca, ela prefere trocar o fogão ou a geladeira, ou comprar uma máquina de lavar roupa. A maior barreira é o preço: R$ 1,7 mil, em média. Por isso a dona das marcas Brastemp e Consul resolveu reduzir o valor em mais de 30%.

 

Dois novos modelos de lavadoras de louça Brastemp chegam ao varejo no próximo mês: a da linha Ative!, por R$ 1,3 mil (R$ 1,4 mil na versão inox) e a da linha Clean, por R$ 1 mil. A primeira limpa a louça suja de oito pessoas e a segunda, de seis. Os lançamentos fazem parte da "segunda geração" de lavadoras produzidas no país pela Whirlpool, que retomou a fabricação local no fim de 2010. Até agora, o modelo mais barato oferecido pela marca era de R$ 1,6 mil.

 

"Queremos dobrar o tamanho desse mercado em um ano e meio", diz Cláudia Sender, diretora de marketing da Whirlpool. Segundo ela, o índice de presença das lavadoras de louça nos lares é de 2%, mas já chegou a ser de 7% nos anos 90. "Nos anos 2000, houve a quebra da Enxuta, que era a maior fornecedora do produto no Brasil, e em seguida o 'apagão', que levou o consumidor a procurar formas de economizar energia", diz Claudia.

 

Agora, a missão da Whirlpool é derrubar "mitos", como o que diz que para colocar a louça na máquina é preciso tirar a sujeira primeiro. "O modelo da Ative! vem com o sistema Acqua Spray, que lança jatos de água sobre a louça para umedecer e amolecer os resíduos de alimentos". O ciclo de lavagem varia de 45 minutos a duas horas.

 

Segundo a GfK, foram vendidas no varejo brasileiro 56 mil lavadoras de louça em 2010. O mercado é praticamente dividido entre Brastemp e Electrolux, sendo liderado com folga pela primeira. A demanda vem crescendo. "No primeiro semestre deste ano, as vendas cresceram 45%, para 37 mil unidades", diz Oliver Römerscheidt, da GfK.

 

As mudanças de hábito do brasileiro, com cada vez menos tempo livre e menos empregadas domésticas disponíveis nos grandes centros, podem ajudar na escolha por uma lavadora de louças, diz o consultor. Mas o problema continua no tamanho dos apartamentos: com cozinhas cada vez menores, é difícil encontrar espaço para mais um eletrodoméstico.

 

Veículo: Valor Econômico

 


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