A área plantada de feijão no estado sofrerá uma forte redução neste segundo semestre. Os baixos preços pagos em comparação com os custos de produção e a competição com o produto importado estão incentivando os agricultores a migrar para culturas que apresentam maior valorização, como soja e milho. De acordo com Tarcísio Ceretta, presidente da Associação dos Produtores de Feijão do Rio Grande do Sul (Aprofeijão), apenas para a região centro-serra (centralizada no município de Sobradinho), tradicionalmente a maior produtora do grão no estado, a expectativa é de que a área de plantio seja reduzida em até 30% neste período de semeadura (agosto a outubro). "As vendas de sementes estão 50% menores agora do que na mesma época do ano passado", afirma o dirigente.
O motivo para a diminuição do interesse na cultura são os preços oferecidos ao produtor.
Atualmente, a média da saca de 60 quilos de feijão-preto (tipo mais produzido e consumido no estado) gira em torno de R$ 65, enquanto os custos de produção chegam a até R$ 82.
Veículo: DCI