O Carrefour fechou na segunda-feira cinco lojas de hipermercados - duas na cidade de São Paulo, nos bairros do Ipiranga e Morumbi - e três em Brasília, Uberaba (MG) e Vitória (ES). As unidades foram desativadas de forma definitiva.
Os funcionários devem ser transferidos para outros pontos da rede, mas não há garantias de que todos serão aproveitados, segundo a varejista. Pelas contas do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, cerca de 600 pessoas trabalhavam nas duas lojas da capital paulista.
Em nota, a empresa informa que "o Carrefour Brasil vem realizando um amplo processo de reestruturação de suas operações. Essas mudanças na rede estão alinhadas com o redesenho do modelo de negócio iniciado em 2010". Há outras duas lojas da companhia próximas aos pontos fechados e a expectativa da cadeia é que os consumidores migrem para esses pontos.
No início deste mês, o Valor já havia antecipado o processo de fechamento de lojas da rede do grupo no país e sobre o aumento no volume de demissões na empresa nos últimos três meses.
O comando do Carrefour no Brasil está reorganizando a operação local, e isso tem levado a rede a fechar lojas, mudar as bandeiras dos pontos e a demitir pessoal. Esse movimento faz parte de um conjunto de medidas tomadas para melhorar o desempenho da rede, que registrava até o ano passado níveis de rentabilidade operacional abaixo do registrado por outras companhias do setor.
Entre julho e início de agosto, o Carrefour demitiu 410 pessoas em São Paulo, segundo o Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Entre maio e a primeira semana de agosto, foram 808 pessoas.
Segundo informa o site do Carrefour, a rede tem 170 lojas no país.
A companhia admite a possibilidade de vender algumas lojas próprias a redes interessadas no pontos, segundo comentou semanas atrás, em visita ao Brasil, o CEO mundial do Carrefour, Lars Olofsson. A unidade do Ipiranga que foi desativada é própria e poderia ser vendida ou alugada. (AM)
Veículo: Valor Econômico