Feijão, tomate e batata pressionam preço da cesta

Leia em 3min 10s

Quem for às compras nesta semana deverá notar que a maioria dos 64 produtos que compõem a cesta básica ficão mais caros. Em relação à pesquisa anterior da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André, houve aumento de R$ 9,36. Os itens são encontrados nos supermercados por R$ 363,81.

Os preços dos alimentos, principalmente o do feijão-carioca, da batata e do tomate, estão média 18% mais caros. Segundo o diretor-presidente do instituto de pesquisa Fractal, Celso Grisi, o valor baixo pago ao produtor de feijão nas safras anteriores desestimulou o cultivo do grão. "A temporada de chuvas também retardou a colheita. Assim, há menos produtos no mercado." O quilo do feijão aumentou, em média, R$ 0,40, chegando a R$ 2,60.

Para o especialista em grãos da Bolsa de Cereais Rui Roberto Russomano, o aumento no preço final do feijão é atípico, haja vista que o valor pago ao produtor não aumentou. "A tendência é que o preço fique estável. Nas próximas semanas os consumidores terão à disposição grãos novos, mais fáceis para cozinhar", destaca.

No caso do tomate, a temperatura baixa registrada nas últimas semanas nas regiões produtoras do Norte paulista prejudicaram a produção. Isso porque o fruto necessita de calor acima de 20ºC para amadurecer. O preço médio do quilo foi de R$ 2,91 para R$ 3,42 (diferença de R$ 0,51). A boa notícia é que nos próximos 15 dias virá nova safra e os preços tendem a recuar.

Com a batata mais cara nesta semana, a opção para o consumidor é substituí-la pela mandioca. Em vez do tomate, o consumidor pode comprar pepino, beterraba ou abobrinha, que estão com valores mais atrativos ao bolso, sugere Grisi.

O executivo da Fractal pondera que algumas variedades de banana também encareceram devido às chuvas excessivas no Vale do Ribeira, em São Paulo. Entretanto, a pesquisa da Craisa aponta preços 3,61% menores. O quilo da fruta é vendido por R$ 1,87 ante R$ 1,94 na semana anterior (R$ 0,07 a menos).

ALTAS E BAIXAS - Entre os destaques da pesquisa feita pela equipe da Craisa está o frango resfriado. O quilo da mistura caiu 10,09%, com preço médio de R$ 4,01. Entre os cortes bovinos, o acém também ficou 1,40% mais em conta nos supermercados, custando R$ 9,84. Outros itens como bolacha maisena e farinha de mandioca torrada formam o grupo das principais quedas.

O economista da Fractal alerta que os consumidores deverão preparar o bolso, pois nos próximos meses alimentos como o arroz e o amendoim terão os preços reajustados. O motivo é que a área de produção dessas culturas foi diminuída por causa do preço ruim pago nas safras anteriores.


Hortifrúti da época ajudam a economizar 30%

Comprar frutas, legumes e verduras da época pode garantir economia média de 30%. A razão é que durante o período de safra, os alimentos têm melhor qualidade e maior oferta no mercado, o que reduz o custo. "Os hortifrúti têm muitas oscilações de preços. Quando tem oferta em abundância, fica mais barato comprar", diz o diretor-presidente do instituto de pesquisa Fractal, Celso Grisi.

O consumidor que durante o mês de setembro colocar no carrinho frutas como laranja, caju e banana-nanica gastará menos. No caso da banana, as fortes chuvas no interior de São Paulo elevaram o preço momentaneamente.

Para a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, a expectativa de clima mais ameno e incidência menor de chuvas nas regiões produtoras, os legumes e verduras deverão apresentar elevação do volume ofertado e recuo dos preços.

Na pesquisa da Craisa, no entanto, apenas a banana teve redução no valor nesta semana. Os demais itens de hortifrúti tiveram altas entre 4,75% e 18,18%.


Veículo: Diário do Grande ABC - SP


Veja também

Safra mundial de trigo sobe e preços recuam

O Brasil produziu menos trigo neste ano e exportou mais. As importações devem aumentar e os produtores pod...

Veja mais
Cutrale define em 2012 recursos para cultivar laranja no semiárido

Empresa diz ser viável projeto apresentado pelo governo federalA Cutrale, uma das maiores empresas de suco de lar...

Veja mais
Minas Leite busca expansão

O Programa Estadual da Cadeia Produtiva do Leite (Minas Leite), criado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e...

Veja mais
Quase metade do café já foi negociada

No país, com a colheita praticamente encerrada, a comercialização até agosto chegou a 43% do...

Veja mais
Natal criará 147 mil empregos temporários

Cerca de 147 mil vagas temporárias serão abertas no país até o Natal, segundo previsã...

Veja mais
Brasil tem o primeiro azeite extraído e envasado no país

Sem tradição na olivicultura, o Brasil acaba de lançar comercialmente o primeiro azeite extra&iacut...

Veja mais
Até a feijoada já tem participação chinesa

A presença dos produtos chineses no Brasil pode ser medida em bilhões de dólares, principal raz&ati...

Veja mais
Mesmo com área menor, setor espera recorde para algodão

Enquanto isso, a safra atual deve mesmo fechar com quebra de 15%, e não ultrapassa os 1,75 milhão de t. Pa...

Veja mais
Importação de maçã cresce 48%

Com o real forte e a perda de qualidade da safra de 2011 em função do granizo, mais maçãs im...

Veja mais