A Suggar Eletrodomésticos formalizou ontem, por meio de protocolo de intenções firmado com o governo do Estado, o investimento de R$ 13,3 milhões para a expansão da unidade localizada no Distrito Industrial de Olhos D’Água, na região do Barreiro, na Capital. De acordo com o presidente da empresa, José Lúcio Costa, o plano inicial seria o de aportar R$ 160 milhões na construção de uma planta destinada à fabricação de lavadoras de roupas em Camaçari, na Bahia. No entanto, o Executivo mineiro equiparou os benefícios fiscais aos que seriam concedidos no estado vizinho, o que fez com que os aportes e a produção da nova linha fossem viabilizados em Minas.

"Eu procurei o governo estadual porque, para a empresa, tanto do ponto de vista logístico quanto de mercado e de infraestrutura, seria melhor permanecer no Estado. Além de economizar um volume considerável de recursos, já que em vez de construir uma planta nova pudemos fazer uma expansão na unidade já existente, Minas tem vantagens como a localização estratégica e o mercado consumidor, onde já estamos consolidados", explica Costa. Os benefícios fiscais concedidos foram o diferimento da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e adequação às importações.

Com a expansão, a Suggar vai gerar 120 empregos diretos e 240 indiretos. Atualmente, a companhia conta com mais de 800 funcionários, 45 representantes comerciais, 700 postos de assistência técnica espalhados pelo Brasil, além de filiais em São Paulo e Rio de Janeiro.

Passarão a ser produzidos na planta da Suggar dois modelos de máquinas de lavar roupas. "Trouxemos para estes eletrodomésticos os processos de nanotecnologia, que permitem a redução de bactérias e a maior durabilidade dos tecidos", ressalta o presidente.

Dos 150 produtos comercializados pela marca, apenas nove são fabricados no Brasil. Todo o restante é importado principalmente da China. "Os preços dos similares asiáticos são muito inferiores, o que torna inviável a fabricação de alguns tipos de eletrodomésticos no país em razão da enorme perda de competitividade", afirma.

A opção de fabricar as lavadoras de roupa, porém, ainda é viável, segundo Costa. "Por serem grandes, o que significa que são mais caros para importar, produtos como máquinas de lavar ainda podem ser produzidos no país em níveis competitivos. Além disso, o mercado para este tipo de eletrodoméstico é muito bom. Cerca de 68% das residências brasileiras não possuem o equipamento, o que indica uma grande demanda reprimida que deve ser suprida por meio do aumento do poder aquisitivo das classes C e D", argumenta.

O empresário informou também que, para viabilizar a produção das máquinas de lavar, as linhas de operação da fábrica funcionarão 24 horas por dia, em quatro turnos, e contarão com mais de cem empregados temporários já contratados. A empresa, que além de expandir a produção local também aumentou em 35% o volume de importações, deve registrar crescimento de 30% neste ano frente o exercício passado, conforme Costa.


Deb’maq - Outra empresa que também assinou ontem o protocolo de intenções com o governo estadual foi a Deb’maq You Ji Indústria de Máquinas. Conforme já adiantado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO em novembro do ano passado, a empresa, especializada na produção de máquinas-ferramenta, vai investir R$ 136,3 milhões na implantação de uma fábrica que terá 50 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 210 mil metros quadrados em Cambuí, no Sul do Estado. A previsão é de que sejam gerados 650 empregos diretos e 1.950 indiretos.

O projeto da Deb’maq, que já está 70% finalizados, foi iniciado em maio deste ano e a previsão é que, até o julho de 2012, as obras estejam concluídas. As atividades devem começar no primeiro semestre do ano que vem. Fundada em 1997, a empresa iniciou suas atividades focada no setor metal mecânico, em princípio comercializando peças de reposição e prestando serviços de treinamento, assessoria e assistência técnica.


Veículo: Diário do Comércio - MG