Em três anos, rede de mercado de bairro do grupo vai saltar de 67 para 370 lojas. Também serão abertas 60 unidades, entre super e hipermercados
Os executivos do Grupo Pão de Açúcar finalmente encontraram um caminho para o formato de lojas de conveniência do grupo, o Extra Fácil. Nos próximos três anos a companhia vai mais que quintuplicar o tamanho da rede de mercados de bairro, chegando a cerca de 370 unidades. No período também serão inaugurados 30 hipermercados, 30 supermercados, além de 60 pontos de venda sob a bandeira Assaí, de atacarejo.
Criado em 2007, o Extra Fácil, atualmente com 67 lojas, estava sem um plano de expansão definido pois os executivos do grupo ainda tentavam entender o que o consumidor queria deste modelo de loja. “O cliente deste formato não deseja apenas uma mercearia. Ele necessita de uma padaria maior dentro da loja e um açougue com mais serviços”, diz Hugo Bethlem, vice-presidente de relações corporativas do grupo Pão de Açúcar. Para comportar as mudanças, os pontos de venda passarão de 250 metros quadrados para até 350. Cinco unidades já operam neste novo formato.
Este ano, a companhia se dedicou à conversão das bandeiras Sendas e CompreBem em Extra e deixou a abertura de novas lojas para segundo plano. Neste período, algumas mudanças foram implementadas no Extra, como o aumento da área de perecíveis. “Em 2012 vamos focar na expansão orgânica, ou seja, na abertura de lojas”, diz Bethlem. Em 2010 o grupo investiu R$ 1,2 bilhão em expansão e quer encerrar 2011 com cerca de R$ 1,4 bilhão investidos.
Logística
Assim como seus concorrentes, o grupo Pão de Açúcar também está preocupado com logística. Segundo as empresas de comércio, as transportadoras que atuam no Brasil não estão dando conta do aumento das vendas do segmento. Em busca da melhor opção para suas entregas, o Pão de Açúcar contratou uma consultoria para saber qual modelo deve ser seguido: logística própria ou terceirizada. Hoje 197 transportadoras, comum total de 1,7 mil caminhões, fazem as entregas dos produtos da companhia. Quando o grupo se associou à Casas Bahia também incorporou a frota própria da varejista, de 2,4 mil veículos.
“O mais provável é que o grupo opte por trabalhar com um modelo híbrido”. O parecer da consultoria ficará pronto até o final do ano.
Veículo: Brasil Econômico