A salada ficou menos salgada ao bolso do consumidor nesta semana. Isso porque os três ingredientes mais conhecidos pelo brasileiro para compor o prato ficaram mais baratos. Em média, o preço da salada de alface, tomate e cebola, está 11,7% menor. Já a cesta básica teve decréscimo de 0,96%.
O quilo da cebola, que além de complementar a salada figura na lista de ingredientes de vários outros pratos como o arroz e as carnes, foi encontrado nos mercados da região por R$ 1,40 em média. O valor é 4,1% menor do que esses estabelecimentos cobravam na semana anterior, de R$ 1,44.
Donas de casa que compraram alface na segunda-feira encontraram a unidade da verdura com preço médio de R$ 1,22. Este valor representa decréscimo de 7,58% em relação à semana passada, quando os mercados cobravam R$ 1,32.
Seguindo a mesma trajetória, mas com queda acentuada de 16,6% em relação ao preço médio da semana passada, aparece o tomate. O quilo do fruto custava, aproximadamente, R$ 3,42, entre os dias 12 e 13, e caiu para R$ 2,85 nesta semana.
As informações são da pesquisa semanal da cesta básica da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André. O levantamento ocorreu em 23 unidades de redes varejistas localizadas no Grande ABC. A coleta de dados ocorre entre as segundas-feiras e terças-feiras, dias em que dificilmente acontecem promoções nessas empresas, explicou o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto.
O especialista disse que é comum a oscilação semanal dos produtos hortifrutigranjeiros, principalmente porque há muita diferença entre os preços encontrados nos estabelecimentos. A cebola é exemplo desta disparidade, que apresentou maior valor, pelo quilo, de R$ 1,99, e o menor preço da quantidade, apurado pelo Craisa, por R$ 0,79.
CONJUNTO - A cesta básica apurada pelo Craisa custou, em média, de R$ 360,30, com recuo de 0,96% em relação à semana anterior. Benedetto explicou que a variação é comum, principalmente pela diferença dos preços encontrados nos mercados, que fazem promoções específicas dentro do grupo dos 34 produtos pesquisados.
Ele destacou que o momento é propício para o consumo de carne de primeira, que fica mais barata durante os últimos dias dos meses. O valor cai porque a demanda é maior por carnes de segunda, que são mais baratas e atendem às famílias cujo orçamento está no limite no fim do mês.
Safra e clima contribuem para menor custo
O engenheiro agrônomo da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André, Fábio Vezzá De Benedetto, explicou que a situação do clima e as variações nas safras dos três produtos mais comuns da salada do brasileiro são fatores determinantes para os seus preços.
No caso da cebola, a safra contribui muito na formação dos preços. E atualmente o abastecimento do Grande ABC é mantido pela produção do Estado de São Paulo, o que deixa os valores mais baixos, garantiu Benedetto. "Até o fim do ano teremos menores preços, que é o período desta safra." Até as últimas semanas, os produtos eram importados, pois o período era de safra na Argentina, o que explica valores mais altos e esse recuo apurado pela Craisa. No intervalo das duas safras, quem responde pelo abastecimento da região são os produtores de Santa Catarina e Minas Gerais.
CHUVA - Como o clima está com temperaturas amenas e poucas chuvas, a safra de tomate, geralmente do interior de São Paulo, está em alta e os preços ao consumidor seguem em queda. E o alface está com baixa demanda, resultado da falta de calor, e o cultivo está no pico, derrubando os valores às famílias, avaliou Benedetto.
Veículo: Diário do Grande ABC