Ampliar a gama de serviços ao atuar como armazéns para drogarias e farmácias - graças à capilaridade de seus centros de distribuição -, além de financiar a compra de medicamentos pelas redes varejistas do ramo, com mais prazos, é a nova estratégia das redes de distribuição de medicamentos. Tais empresas sentiram necessidade de encontrar meios para não perder mercado diante das ondas de consolidação da indústria farmacêutica, de um lado, com a união de laboratórios; e do varejo de medicamentos, de outro, via fusões como as da Droga Raia e Drogasil, e Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco.
As distribuidoras ainda focam a segurança ao setor, ao contratar escolta para evitar que os fármacos sejam roubados no transporte. "Multiplicar as frentes de atuação é um caminho necessário a essas empresas", afirmou Luiz Fernando Buainain, presidente da Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma), que congrega as 23 maiores distribuidoras do País. "Com planejamento e boa logística, as distribuidoras têm conseguido abastecer mais de 66 mil estabelecimentos. A diferença entre os pedidos feitos pelos varejistas e a entrega do medicamento é de apenas 10 horas, em média", completa.
No passado, essas companhias já foram acusadas de exercerem o papel de atravessadoras no setor. Jorge Froes de Aguilar, diretor executivo da Abafarma, porém, afirma que compram remédios dos laboratórios que são vendidos às drogarias, dando a elas 35, 40, às vezes 60 dias para pagamento. "Acabamos sendo os grandes financiadores do varejo farmacêutico."
Segundo levantamento da consultoria IMS Health, no primeiro semestre de 2011 o volume de remédios distribuídos no País atingiu R$ 19,52 bilhões.
Veículo: DCI