O mercado de algodão vive ainda as indefinições da safra e da economia mundial. Externamente, a China voltou às compras a curto prazo, mas o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima redução no consumo do país a médio prazo.
Internamente, produtores acreditam que os dados mundiais de safra ainda não estão bem definidos e, portanto, seguram a mercadoria à espera de preços melhores.
As indústrias também avaliam o mercado e compram em pequenas quantidades, mantendo os preços internos sem grandes alterações. A avaliação é de Lucílio Alves, pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Para ele, esse cenário traz um sobe e desce nos preços internos do mercado físico.
Após registrar valores elevados no início do ano, o algodão está a US$ 1 por libra-peso em Nova York e a R$ 1,70 no mercado interno. A produção brasileira de algodão em pluma é estimada pela Conab em 1,96 milhão de toneladas. Desse volume, 56% já foram negociados -580 mil toneladas para o mercado externo e 520 mil para o interno. O consumo nacional deverá atingir 950 mil toneladas. O grande lance é quando as indústrias irão ao mercado comprar o volume restante.
Veículo: Folha de S.Paulo