Ganhar mercado neste Natal pode depender de uma estratégia que deveria ter sido antecipada há quase seis meses. Ou seja, quem resolveu pegar a onda do dólar baixo, no meio do ano, e ampliou os pedidos de produtos importados, terá custos mais competitivos, como é o caso da PBKids. A rede varejista, com 56 lojas em operação no mercado interno, reforçou os estoques para as datas sazonais deste último semestre, e agora diz que não terá de repassar preços ao consumidor, com o dólar em alta.
Os consumidores deverão ver um clima de guerra de preços nos próximos dois meses - ao menos na área de brinquedos. Celso Pilnik, diretor-comercial da PBKids, afirma que a marca negociou, por volta de junho, antes da alta da moeda norte-americana, um aumento de 16% dos estoques para este final de ano. E o resultado foi comprovado pelo aumento das vendas, de 15,7% no período do Dia da Criança, em relação ao mesmo período de 2010. A empresa ainda viu o tíquete médio subir de R$ 130 no ano passado para R$ 140 este ano, em média. Agora, o plano é expandir os domínios e inaugurar duas lojas, ainda este ano: uma no Mooca Plaza Shopping, e uma no Park Shopping São Caetano, no ABC Paulista.
Já no caso dos negócios da concorrente RiHappy, o diretor-comercial da empresa, Ricardo Sahyoun, explicou que, como na loja 75% dos estoques de brinquedos são de importados, o aumento da moeda norte-americana e a consequente pressão sobre os custos dos preços podem influenciar as vendas do fim de ano. "Não é nossa intenção repassar o aumento de preço. Mas tudo vai depender do cenário internacional e de como o preço do dólar vai se comportar frente à moeda brasileira", disse.
Veículo: DCI