Pão de Açúcar vai para Centro-Oeste e Nordeste

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Varejista identifica potencial de crescimento nestas regiões e seu plano de expansão prevê a abertura de 300 lojas Extra Fácil



O Pão de Açúcar está otimista com seus resultados das bandeiras Extra e Assaí, que expandiram suas vendas acima de 15% no último trimestre. Diante deste resultado, a ideia é ampliar as operações da loja de conveniência Extra Fácil, seguindo o modelo das 70 lojas já existentes no estado de São Paulo para o Nordeste e Centro-Oeste.

Estas regiões são o foco de 300 lojas da bandeira Extra Fácil. “Queremos oferecer produtos de conveniência para a vizinhança nestas regiões, que representam o mercado que mais cresce e temos menor concentração”, afirma Hugo Bethlem, vice-presidente do Grupo. Estas unidades estão incluídas nas 420 lojas anunciadas até 2014.

Sob o comando do empresário Abílio Diniz, o Pão de Açúcar investiu R$ 230 milhões nos últimos 18 meses na conversão de 221 lojas das bandeiras CompreBem e Sendas, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e na capital pernambucana. “Desta forma, não fragmentamos os investimentos com publicidade. Agora temos o Extra hipermercado e o Extra supermercado com uma única comunicação”, complementa o Bethlem.

As mudanças não se motivaram apenas para unificar a imagem depois das aquisições dos últimos anos, mas sim para agradar o gosto do cliente da emergente classe média. “Eles passaram a comprar muito mais produtos perecíveis, vinho, refrigerantes e cerveja em detrimento aos produtos de consumo básico, ou seja, feijão, óleo de soja, farinha e açúcar”, afirma.

Depois de adquirir as Casas Bahia, que representam dois terços das vendas em eletroeletrônicos, o clima é de otimismo na companhia, que encerrou o terceiro trimestre com bons resultados nas vendas, o primeiro período contando com as operações de Casas Bahia consolidadas. As vendas líquidas fecharam o trimestre em R$ 11,1 bilhões, volume 56% superior ao apurado no mesmo período do ano passado.

No conceito “mesmas lojas”, que representam unidades em operação há pelo menos 12 meses, as vendas aumentaram 10,6% no trimestre e 9,6% no ano.“É um crescimento muito saudável, que nos dá bastante orgulho por ter atingido num momento em que se fala de recessão, frenagem de consumo, taxa Selic em alta, além da pressão inflacionária”, diz o executivo.

No acumulado até setembro deste ano, as vendas líquidas do Grupo somaram R$ 33,2 bilhões, aumento de 58% em relação ao ano anterior. Os dados incluem as operações da Casas Bahia desde julho de 2010.

As vendas líquidas do segmento alimentar cresceram 12,3% entre julho e setembro e 10,6% no ano até agora, para R$ 6,2 bilhões e R$ 18,4 bilhões, respectivamente.  Mesmo com o aumento da oferta de produtos a preços mais acessíveis, a exemplo de televisores, os eletroeletrônicos também representaram um crescimento bruto de 12,6% nas vendas do Pão de Açúcar, seguidos pelos postos de combustíveis, cujas vendas cresceram 14,5%.

 
Veículo: Brasil Econômico


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