Com Casas Bahia, GPA vai a R$ 50 bi

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A inclusão dos resultados da Casas Bahia no Grupo Pão de Açúcar fez com a companhia conseguisse faturar em nove meses quase R$ 1,5 bilhão a mais do que o faturado pelo grupo em todo o ano passado. De janeiro a setembro, a venda bruta do GPA foi de R$ 37,5 bilhões 59,5% superior ao mesmo período de 2010, segundo números publicados na terça-feira. No acumulado do ano passado, a receita bruta atingiu R$ 36,1 bilhões. Esses números podem ser melhor analisados agora porque o GPA passou a contabilizar a operação da Casas Bahia, da família Klein, em seus negócios em novembro de 2010.

Com os resultados divulgados nesta semana, cresce a possibilidade de a empresa fechar o ano de 2011 com vendas brutas na faixa dos R$ 50 bilhões e vendas líquidas em torno de R$ 45 bilhões. Após a divulgação dos dados na terça-feira, os relatórios com novas estimativas ainda estão sendo feitos pelos analistas, mas se o GPA repetir a venda bruta registrada no quarto trimestre de 2010 (R$ 12,6 bilhões), ou seja, não crescer nada, a companhia atinge receita bruta de R$ 50,1 bilhões em 2011.

"Os números apresentados pelo grupo foram bons em nossa avaliação, principalmente quando verificamos o desempenho das vendas nas mesmas lojas, que inclusive superou os índices de inflação", informou em relatório Leonardo Zanfelicio e Karina Freitas, da corretora Concórdia. Expansão na renda, queda no desemprego e ampliação no crédito favorecem o resultado e têm ampliado, ao mesmo tempo, a demanda por produtos alimentícios e eletrônicos nos últimos três anos, segundo resultados do grupo.

Com esse volume de vendas estimado pelo mercado para 2011, a empresa passa a ocupar a 31ª posição no ranking do setor no mundo, segundo relatório das 100 maiores cadeias realizado pela Deloitte Touche Tohmatsu Limited publicado no ano passado. Em 2010, a rede ocupava a 75ª colocação. Como as outras varejistas do ranking também têm se expandido, ainda que a taxas mais tímidas - visto que estão em mercados maduros, com baixo crescimento -, se o GPA ficar entre as 40 maiores do setor, a rede ultrapassa a AS Watson & Company, cadeia de Hong Kong e a maior varejista de país emergente no mundo em 2010, pelo relatório da Deloitte.

Apenas 11 empresas das 150 maiores varejistas do mundo estão em países emergentes, como Brasil, Chile, China e África do Sul, segundo relatório da Deloitte.

De acordo com os dados divulgados na terça-feira, as vendas brutas do GPA totalizaram pouco mais de R$ 37,5 bilhões de janeiro a setembro, alta de 59,5% em relação a 2010. Já as vendas líquidas alcançaram R$ 33,2 bilhões no período, um aumento de 57,8%. "O ano tem sido muito bom. Não sentimos [mais] desaquecimento nas vendas, finalizamos o processo de conversão nas lojas [CompreBem e Sendas para Extra, Pão de Açúcar e Assaí] e a pressão inflacionária perdeu força", diz Hugo Bethlem, vice-presidente executivo do GPA.


Veículo: Valor Econômico





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