Reestruturação da varejista deve contar comdemissão de atual presidente e fechamento de hipermercados, dizem analistas
O Carrefour, segunda maior rede de varejo do mundo, precisa cortar preços, construir mais lojas de conveniência e atrair mais clientes online em um momento em que o ambiente econômico difícil torna o atual plano de retomada da área de hipermercados do grupo cada vez mais obsoleto.
Isso significa adiamento ou mesmo um abandono do plano Carrefour Planet, o ambicioso projeto da empresa para reinventar o hipermercado, e também o afastamento do presidente do conselho e presidente- executivo, Lars Olofsson.
O grupo Blue Capital - importante investidor do Carrefour e formado por aliança entre o homem mais rico da França, Bernard Arnault, e a gestora americana de private equity Colony Capital — tem apoiado até agora o executivo de 59 anos oriundo da Nestlé e que colocou a reformulação dos hipermercados da rede, orçada em 1,5 bilhão, no centro de sua estratégia.
Mas uma sequência de alertas de lucro, saída de executivos e reviravoltas estratégicas têm abalado a confiança do mercado no executivo. Notícias de que as vendas das novas lojas Carrefour Planet estão abaixo do esperado também não têm ajudado. “Eu acho que Lars está com os dias contados. Vimos suficientes alertas de lucro para abalar até o mais fiel investidor”, disse o analista James Monro, da S&P Equity Research.
Outros analistas sugerem que o Carrefour reduza o número de hipermercados ou que a rede inicie uma guerra de preços para retormar terreno perdido em seu principal mercado, a França. A maior parte de suas vendas do Carrefour é gerada em hipermercados, que estão perdendo espaço para lojas menores e especializadas no mercado maduro da Europa.
Veículo: Brasil Econômico