Matthieu e Bénédicte não encontravam no País o futon, por isso, decidiram fabricar o produto e hoje fazem sucesso em SP
Nem os comerciantes do bairro da Liberdade, famoso reduto da comunidade japonesa em São Paulo, conseguiram evitar que o futon, tipo de colchão comum entre os orientais, ganhasse fama no Brasil por meio de dois franceses. Acostumado a utilizar o produto na Europa, o casal Matthieu Halbronn e Bénédicte Salles não encontrou o colchão quando se mudou, em 1998, para São Paulo.
É por isso que Matthieu, formado em engenharia, pesquisou a técnica decidido a fabricar, ele mesmo, seu próprio futon. Três anos depois, o casal percebeu que havia identificado um nicho de mercado e criou uma loja no bairro paulistano de Pinheiros para comercializar os produtos fabricados por eles - a Futon Company. "No início as pessoas olhavam a vitrine, ficavam curiosas e entravam. Ficamos famosos no boca a boca", lembra atualmente Matthieu.
Como não há cultura de uso do futon como colchão no País, os empreendedores precisaram inovar e criar peças inspiradas no produto japonês, assim, desenvolveram cadeiras, sofás e almofadas. Tudo para agradar o público brasileiro. Eles também apostaram em itens com design diferenciado e em cores vibrantes. "Foi um processo muito intuitivo, baseado no nosso gosto pessoal, e que deu certo", afirma Bénédicte.
O casal de empreendedores optou pela fabricação artesanal das peças, mas com o aumento da demanda, precisou padronizar processos para ganhar escala e expandir. Hoje, a empresa tem três lojas em São Paulo, duas no Rio de Janeiro e distribui parte dos produtos, como a linha de almofadas, para outras regiões do País. Além disso, a Futon Company conta com 50 funcionários e cresce cerca de 20% ao ano.
O próximo passo da empresa é abrir uma loja virtual. Antes, porém, o casal pretende aprimorar o marketing e o atendimento para combater a forte concorrência que surgiu com o passar dos anos. "Vendemos um lifestyle, por isso, nosso desafio é comunicar com precisão todo o conceito e história por trás do produto", diz Bénédicte.
Veículo: O Estado de S.Paulo