Reajuste para o preço mínimo também é reivindicado.
Os produtores brasileiros defendem a adoção de salvaguardas às importações de trigo, como a suspensão das licenças automáticas para entrada do grão no mercado brasileiro e a comprovação de compra de volume equivalente de produto nacional. A proposta foi apresentada pelo presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, que discutiu ontem a política agrícola para o plantio de trigo na safra 2012/13.
Koslovski explicou que as propostas surgiram nas reuniões entre a Ocepar e a Federação de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Federação de Agricultura e Pecuária do Paraná (Faep), Organização das Cooperativas do Brasil e a Secretaria de Agricultura do Paraná. A entidades propõem aumento para 35% na alíquota da Tarifa Externa Comum (TEC), que incide sobre as importações de trigo e derivados de países fora do Mercosul.
Preço - Os produtores sugeriram que o preço mínimo do trigo na próxima safra passe dos atuais R$ 477/tonelada para R$ 512/tonelada, no caso do cereal classe pão, tipo 1, ajustado para as demais classes. Eles também pedem a alocação de recursos para operações com opções de venda, em volumes e condições definidas antes do início do plantio e vencimento até o fim do ano.
Koslovski afirmou que o Brasil não tem uma política para a triticultura que seja de longo prazo e possa reverter a dependência histórica, que custa ao país US$ 1,7 bilhão por ano. Outra sugestão do setor é a revisão das normas do Mercosul em relação ao trigo, a exemplo do que foi proposto pelo governo brasileiro para os setores automobilístico e de laticínios.
Veículo: Diário do Comércio - MG