Café: Abic diz que preço da saca continuará alto

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O preço do café verde deve manter a tendência altista no decorrer de 2012, principalmente no primeiro trimestre. A previsão é da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), com base no atual cenário de baixa disponibilidade de grãos no mundo, estoques mundiais apertados e demanda crescente, apesar da crise econômica.

De janeiro a novembro os cafés arábica mais utilizados pela indústria tiveram aumento de 33,5%, com a saca de 60 quilos valendo atualmente R$ 320. O presidente da Abic, Américo Sato, informou que a indústria de torrado e moído deverá realinhar preços, com reajuste médio de 20% para todos os tipos de cafés. "Os varejistas já estão reajustando preços e a indústria titubeia porque o varejo pressiona por valores mais baixos. Só que a indústria trabalha no limite de rentabilidade e há necessidade de majoração, se quisermos atender o consumidor com qualidade."

Sato acrescentou que os estoques brasileiros de café também estão muito baixos, no período anterior à colheita, que começará entre abril e maio. "O volume comercializado também reduziu porque muitos detentores de estoques de café estão segurando a venda, prevendo preços melhores nos próximos meses", disse, alertando que essa conjuntura afeta a produção das indústrias.

No mercado nacional os preços do arábica oscilaram pouco na semana passada, em virtude da fraca presença de agentes no mercado por causa do feriado de Ação de Graças nos EUA. O indicador Cepea/Esalq tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 505,68/saca de 60 kg na sexta-feira. Já os preços do café robusta seguem em ritmo de alta no mercado brasileiro. O indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, fechou na sexta a R$ 279,55/saca de 60 kg, alta de 1,6% no dia.

SP. A safra paulista de café em 2011 caiu 20,6% ante 2010, estimou o Instituto de Economia Agrícola (IEA). A queda se deveu à bianualidade da cultura e à estiagem no ano passado. São Paulo produziu 3,9 milhões de sacas de 60 kg. A área com a cultura no Estado sofreu leve queda de 0,5% entre os períodos, de 223,02 mil hectares para 222,90 mil hectares.

Previsão, para 2012,é feita com base no atual cenário: estoques apertados e demanda crescente


Veículo: O Estado de S.Paulo


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