Os exportadores de manga e uva da região do submédio do Rio São Francisco, concentrados nos polos de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia, pretendem capitalizar em 2012 a certificação de origem obtida há dois anos, projetando maior agregação de valor à produção e crescimento em torno de 8% para as exportações, nos cálculos do coordenador administrativo da Associação dos Exportadores do Vale do São Francisco (Valexport), Tássio Lustoza Gomes. Ao mesmo tempo, planejam intensificar a participação no mercado doméstico, apostando numa demanda reforçada pelo crescimento do emprego e da renda.
Apresentado pela União das Associações e Cooperativas dos Produtores de Uvas Finas de Mesa e Mangas do Vale do Submédio São Francisco (Univale), o pedido de indicação de procedência foi aprovado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) para a uva das variedades Festival Seedless, Thompson Seedless, Crimson Seedless, Itália e Itália Melhorada, Benitaka, Red Globe e Brasil. No caso da manga, foram beneficiadas as variedades Tommy Atkins, Kent, Keith, Haden e Palmer.
A certificação permitiu que o Nordeste respondesse, no ano passado, por 72% das exportações brasileiras de frutas frescas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), com receita cambial de US$ 438,81 milhões. As uvas e mangas produzidas ao longo do vale do São Francisco responderam por quase 56% desse valor, com vendas, pela ordem, de US$ 136,565 milhões e US$ 108,238 milhões. Sozinho, o vale sustenta 90% das exportações de mangas realizadas pelo país.
Veículo: Valor Econômico