Preço de material escolar varia até 117%

Leia em 3min 20s

Quem pesquisar o preço do material escolar nas papelarias localizadas no Grande ABC encontrará diferença de até 117% no custo de uma cesta com 16 itens, de acordo com pesquisa elaborada pela reportagem do Diário. Algumas vezes a diferença parece sutil, mas na hora de somar os gastos, a economia vale a pena. Quem poupa R$ 0,50 em cada produto, vai pagar R$ 8 a menos pelos materiais das crianças, valor suficiente para comprar 13 canetas ou ainda duas caixas de lápis de cor.

Na pesquisa, o item que apresentou maior variação foi o fichário. Nas papelarias de Santo André, o preço médio do item é R$ 48 e em Diadema sai por R$ 8,19. Neste caso, a variação chegou a 486%.

MARCAS- Dispensar marcas que lideram o mercado e produtos licenciados, ou seja, personalizados, também ajuda a economizar. A diferença pode chegar a quase 100%. É o caso de um estabelecimento em São Caetano, onde uma cesta com itens produzidos por empresas menos tradicionais custa R$ 78,35 e, o conjunto de itens que trazem em seus rótulos personagens como Barbie, Ben 10 e Hello Kitty, custa R$ 153,05, ou seja, quem optar pelas personalidades vai pagar 147% a mais (veja na arte acima). "Produtos das Princesas vão ser a febre neste ano para meninas de até 12 anos. Acima dessa idade será a marca Capricho", explica o lojista Roger Cavalheiro Reis.

Marca e preço não são sinônimos de qualidade, mas os especialistas dizem que antes de levar o item para casa, o consumidor deve testá-lo na loja. "O barato pode sair caro e daqui a dois meses, a mãe terá de comprar o mesmo produto outra vez", comenta a diretora de estudos e pesquisa do Procon-SP, Valéria Rodriques Garcia.

LISTA - Muitas escolas incluem na lista de material mercadorias que são proibidas, de acordo com o Procon. O vendedor Larson Ferraz explica que muitos pais chegam ao estabelecimento para comprar itens um tanto ousados. "Palitos de sorvete e churrasco, material higiênico, copo descartável e pano de limpeza", comenta o comerciante.


Valéria diz que eles não podem ser cobrados pelas escolas. "Os pais podem questionar se o produto faz parte da atividade pedagógica e pode se recusar a comprar se o uso não for justificável", comenta a representante do Procon.

USADOS - Os pais podem ainda reaproveitar alguns materiais. A dona de casa Jéssica Soares, 36 anos, que mora em Diadema, vai reutilizar a pasta catálogo, a tesoura e o compasso, que ainda estão em bom estado, para completar a lista de material da filha.

Além disso, preferiu comprar produtos de marcas menos tradicionais, até porque ela tem dois filhos em idade escolar.


Produtos vão ter reajuste médio de 7% na próxima semana

 
Aproveitar esta semana para pesquisar os preços dos itens que compõem a lista de material escolar e comprá-los o quanto antes será a decisão mais acertada para os pais que desejarem economizar. Essa será a alternativa para gastar em média 7% a menos, pois a partir da semana que vem o varejo recebe produtos com valores reajustados.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Escolar e de Papelaria de São Paulo e região, Antônio Martins Nogueira, alerta que os produtos licenciados normalmente têm reajuste maior do que a inflação. "Cadernos com fotos de personagens de desenho, novela ou filme custam até 15% a mais que os tradicionais."

Antes de sair às compras é interessante analisar o material que as crianças utilizaram durante o ano passado. Os que estiverem em bom estado podem ser reaproveitados, gerando economia.

É interessante pesquisar os valores em papelarias de bairro, depósitos e supermercados para optar pelo que oferece os melhores preços e condições de pagamento, que podem incluir desconto para quitação à vista. Vale lembrar a necessidade de cautela para não comprometer o orçamento doméstico com as aquisições em crediário ou no cartão de crédito.


Veículo: Diário do Grande ABC - SP


Veja também

Alimentos e Bebidas: Companhias preparam aumento de preços

Mais de 40% das fabricantes e varejistas de alimentos e bebidas pretendem aumentar os preços dos seus produtos es...

Veja mais
Clima bom e mais importados derrubam os preços das frutas

Segmento é o mais representativo do índice da Ceagesp, que teve queda de 0,33% no acumulado de 2011; coco ...

Veja mais
Guia da Anvisa orienta panificadoras a produzir pão com menor teor de sal

Com o objetivo de reduzir o consumo de sal no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária...

Veja mais
Ponto Frio terá itens com descontos de até 70%

Nesta quinta-feira é a vez do Ponto Frio de iniciar sua liquidação, com descontos de até 70%...

Veja mais
Indústria de massas migra para linha de mais valor

Para driblar a estagnação do setor de macarrão, fabricantes de massas estão investindo em pr...

Veja mais
Venda de pilha cai e P&G investe 30% mais na Duracell

O mercado de pilhas encolheu 4,2% em volume e 9,6% em valor de janeiro a agosto do ano passado ante o mesmo perío...

Veja mais
Donos da Ri Happy negociam venda da rede

A Ri Happy, maior rede de varejo de brinquedos do país, está em negociações com o fundo de i...

Veja mais
Companhias contestam autuações trabalhistas

Algumas empresas com pendências trabalhistas têm sido duplamente punidas pela mesma razão pelo Minist...

Veja mais
Grupo pretende evitar erros cometidos pela Hypermarcas

A EMS investiu em fábricas para amoliar a capacidade de produção e aumentar o portfólio de p...

Veja mais