A EMS investiu em fábricas para amoliar a capacidade de produção e aumentar o portfólio de produtos
Se o grupo EMS quiser, poderá inundar o mercado de medicamentos.Mas a companhia não fará isso para não colocar em risco a rentabilidade do negócio.
A avaliação foi feita por pessoas próximas do grupo que preferem não se identificar. De certa forma, a análise é uma espécie de resposta aos agentes da indústria farmacêutica que temem que o recente movimento do empresário Carlos Eduardo Sanchez para expandir a capacidade de produção do grupo irá forçar os concorrentes a oferecer mais descontos nos preços dos medicamentos.
As preocupações, de certa forma, têm sentido. Sanchez está desembolsando R$ 400 milhões para expandir a produção mensal de 40 milhões de unidades para 70 milhões nos próximos anos. Hoje, o grupo está construindo três fábricas no país — uma em Brasília (DF), uma em Manaus (AM) e outra em Jaguariúna (SP)—e está prestes a concluir a expansão da unidade em Hortolândia, interior de São Paulo, a sede da empresa.
Com essa capacidade instalada, aEMSdeve aumentar oportfólio de produtos, garantir o lançamento de genéricos rapidamente na rede de comercialização e aumentar o poder de barganha com as farmácias. Com essa estratégia, a companhia quer evitar oferecer grandes descontos, correndo o risco de aumentar demais os estoques nas unidades de venda.
A Hypermarcas, dona da Neo Química, adotou a estratégia de dar descontos agressivos, com prazos mais largos de pagamentos. Quando resolveu mudar as negociações, deparou-se com a estratégia das farmácias de vender os estoques. Isso reduziu o volume de vendas do laboratório da Hypermarcas e, consequentemente, a rentabilidade.
Além da divisão Pharma Genéricos, a EMS é dona da Sigma Pharma, Legrand, Germed e Nova
Química, com presidentes para cada operação.
Veículo: Brasil Econômico