Gigantes brasileiras de consumo iniciam fevereiro sob o comando de novos presidentes e embusca de rentabilidade e participação de mercado
Seara, Hypermarcas e Eldorado,três grandes nomes brasileiros das áreas de alimentos, cosméticos e papel e celulose, iniciam fevereiro sob o comando de novos presidentes. Embora atuem em setores diferentes, todas mudaram o alto escalão em busca de um mesmo objetivo, que é o aumento da participação em seus respectivos mercados e o ganho de rentabilidade.
Na Seara, joia da coroa do Marfrig, sai Mayr Bonassi e entra o americano David Palfenier, ex presidente da Pepsico Brasil de 2000 a 2003 e, até poucos dias atrás, presidente da divisão de alimentos para consumidores da ConAgra Foods. Bonassi deve se aposentar no final deste ano.
Por trás da contratação do americano, que tem vasta experiência na comercialização de comida industrializada como as batatas Frito-Lay ou o ravioli com 99% menos gordura da marca Chef Boyardee, há o desejo de Marcos Molina, presidente do Marfrig, de duplicar a participação de mercado da Seara em aves e suínos industrializados. Hoje, a Seara detém 10% do mercado nacional de carne de porco e de frango industrializada.Com a incoporação dos ativos que virão da BRF Brasil Foods, a meta de Molina é atingir 20% do mercado.
Além de unidades de processamento, a Seara terá, debaixo de seu guarda-chuva, marcas menores que pertenciam à Sadia e Perdigão. “Diante deste cenário, a Seara precisará de alguém agressivo, bem no estilo americano, para comandar a marca nesta sua nova fase”, afirma um funcionário do Marfrig que prefere não se identificar.
No universo dos cosméticos, a Hypermercas enxerga em Nicolas Fischer, ex-presidente da Nivea Brasil, uma forma de trazer fôlego novo para a sua divisão composta por marcas como Monange e Paixão. A expectativa do mercado é que Fischer reduza o número de linhas ou quem sabe até marcas para aumentar a participação da Hypermercas no setor de cosméticos. “O Júnior (João Alves de Queiroz Filho, da Hypermarcas), precisa ganhar rentabilidade urgente em seus cosméticos. Para isso, aposto que o Fischer vai investir na reformulação de produtos e embalagens, um negócio que ele é especialista”, acredita
um concorrente.
Veículo: Brasil Econômico