Panificação: Setor no país cresceu 11,9% e faturou R$ 62,99 bi em 2011

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Pelo quinto ano seguido, o setor de panificação ampliou o faturamento com percentual superior a um dígito. Mesmo com ligeira baixa na intensidade de alta ante 2010, quando houve crescimento de 13,7%, o valor foi bastante expressivo. O faturamento do setor alcançou os R$ 62,99 bilhões em 2011, resultado 11,9% maior que o de 2010, que ficou em R$ 56,30 bilhões.

Apesar da alta, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), Alexandre Pereira, observou que ainda é preciso aumentar o consumo de pães para que o Brasil chegue aos 60 quilos anuais recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O consumo anual do brasileiro, em 2011, manteve-se estável na média de 30 quilos por habitante. A quantidade também é bem menor do que em países vizinhos como a Argentina (82,5 quilos), o Uruguai (55 quilos) e o Chile (98 quilos).

Pereira destacou haver uma discrepância de hábitos no país. Enquanto no Sul, o consumo atinge a 50 quilos, na região Norte limita-se a apenas 15 quilos. Ele disse que conquistar novos clientes é a grande meta das padarias do país. "Existe uma nova gama de pessoas adentrando a classe média. São quase 3 milhões (de pessoas) e isso melhora o ambiente de consumo do nosso setor."

O presidente da Abip lembrou que o pão, principal produto das panificadoras, tende cada vez mais a dividir espaços com outros itens comuns hoje nas chamadas padarias gourmets. Nesses espaços, além da diversidade gastronômica na linha da confeitaria, o consumidor pode almoçar ou jantar e levar para casa, em alguns casos, até hortifrutigranjeiros.

Com a modernização do setor, destacou Pereira, veio a carência de mão de obra mais qualificada. Só no estado de São Paulo, existem cerca de 10 mil vagas a serem preenchidas e, no país, já são 25 mil. Em 2011, o nível de emprego no setor cresceu 2,8%, o que representou uma elevação de 21 mil postos de trabalho e uma base de 779 mil pessoas empregadas.

Dados da Abip indicam também que, no ano passado, apenas 51% das vendas foram de produtos fabricados no próprio estabelecimento, o que significou R$ 32,12 bilhões de um faturamento de R$ 62,9 bilhões. Esse fato, porém, não é visto pelo setor como um embaraço da concorrência porque, segundo Pereira, o novo conceito de gestão ajuda a fidelizar clientes.

Segundo ele, o sucesso administrativo já ganhou fronteiras com a exportação do modelo para a China. Com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), a Abip participará em 2012 de vários eventos fora do país, inclusive, em Paris, onde renomados confeiteiros brasileiros procuram especializar-se na arte de fazer pão. (ABr)


Alta em Minas chegou a 10,4% no ano passado


O faturamento do setor da panificação em Minas Gerais cresceu 10,4% em 2011, totalizando R$ 6,08 bilhões, segundo dados do Instituto Tecnológico da Panificação e Confeitaria (ITPC), divulgados ontem pela Associação Brasileira da Indústria da Panificação (Abip). Em 2010, a receita foi de R$ 5,6 bilhões, uma expansão de 14% ante o total registrado em 2009. O desempenho dos mineiros ficou abaixo da média do país, que fechou 2011 com faturamento de R$ 62,99 bilhões, 11,9% sobre 2010.

Dos R$ 6 bilhões que as padarias mineiras faturaram em 2011, a parte de produção própria atingiu quase metade do total (48%), sendo responsável por R$ 2,92 bilhões. Para o presidente do Sindicato da Indústria da Panificação de Minas Gerais (SIP), que também é vice-presidente da Abip, José Batista de Oliveira, o desempenho mostra que a indústria de panificação no Estado, assim como em outras regiões do país, vem apostando, cada vez mais, no conceito de centro gastronômico.

"Para atender às necessidades dos clientes, as padarias passaram a oferecer serviços de cafés, restaurantes, lanchonetes, produtos assados na hora, novas receitas. Todas as mudanças seguem esse novo comportamento do consumidor que busca novidade. Ainda assim a produção da casa pesou no faturamento do setor", disse. O balanço mostrou que houve aumento de 8,45% no tíquete médio, e no fluxo de clientes, que avançou 2% sobre os 4,22 milhões de consumidores que as padarias receberam durante o ano de 2010.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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