O faturamento do comércio varejista da região metropolitana de São Paulo (RMSP) fechou o ano de 2011 com um crescimento de 3,1% em comparação ao ano anterior. Com esses percentuais, isso representa um movimento total de R$ 151,4 bilhões visto ao longo do ano passado. -
Apenas no mês de dezembro o faturamento atingiu R$ 15,7 bilhões, alta de 3,5% das vendas reais ante o mesmo mês do ano anterior e de 26,6% em relação a novembro.
Os dados, que pertencem à Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (e-PCCV), foram divulgados nesta terça-feira (14) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e pela consultoria e-bit.
Em 2011 o destaque ficou para o comércio eletrônico, que registrou aumento de 17% no faturamento ante 2010, e lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, cuja alta nas vendas foi de 9,3% na mesma base de comparação. Na relação dezembro sobre novembro, esses dois setores apresentaram avanço de, respectivamente, 5,6% e 33,6%.
Lojas de móveis e decoração também apresentaram aumento nas vendas em 2011, ao registrar variação de 7,6% sobre 2010. Em dezembro ante novembro, a alta foi de 16%. Comércio de vestuário, tecidos e calçados tiveram crescimento modesto ao longo de 2011 (1,7%), mas uma alta expressiva de novembro para o mês seguinte (85,2%). "Os dados apurados confirmam as previsões quanto ao bom desempenho de vendas do Natal, embora abaixo dos padrões observados em 2010", afirma a Fecomercio-SP, em nota.
Faturamento
As quedas no faturamento no ano passado chamaram a atenção de especialistas, pois foram verificadas em segmentos que vinham mantendo um ritmo forte no quesito desempenho de comercialização de produtos nos últimos anos. Agora, porém, coube aos grupos farmácias e perfumaria um desempenho menos expressivo (-9,8%), além das lojas de departamento (-1,2%). Na comparação dezembro ante novembro, o único setor que apresentou queda foi o de lojas de materiais de construção (-7,8%).
Para ao longo deste ano, entretanto, vale a perspectiva mais voltado para a desaceleração nas vendas, por conta também do cenário global que deve segurar um pouco mais os ânimos dos consumidores. Mas segundo informações obtidas com especialistas da Fecomercio-SP, os resultados no final deste ano "podem surpreender" por conta da queda das taxas de juros ao consumidor e do aumento de 14% do salário mínimo no início do ano.
Veículo: DCI