A BR Pharma, holding de farmácias criada pelo banco BTG Pactual, está tentando dar o troco nas fusões que criaram dois gigantes do varejo farmacêutico brasileiro. Ao anunciar na segunda-feira 13 a compra da rede baiana Santana, por R$ 497 milhões, entrou para o pódio do setor. As 101 lojas da Santana, “joia da coroa” do Nordeste, na definição do presidente da BR Pharma, André Sá, elevam a 986 o número total de pontos de venda. A empresa consolida-se como a terceira maior rede do País, com faturamento bruto de R$ 2,4 bilhões e mais de 15 mil funcionários. Está ainda a uma distância relevante das líderes, a DPSP, resultante da fusão entre Drogaria São Paulo e Pacheco, que fatura R$ 4,4 bilhões anuais, e a Raia Drogasil, com R$ 4 bilhões. Mas, em breve, os degraus que separam a BR Pharma do primeiro lugar podem reduzir-se.
O ritmo das aquisições está acelerado: foram três negócios em três meses (as redes Estrela Galdino, da Bahia, e Big Ben, do Pará, foram compradas em novembro). Mas a maior tacada está por vir: é a compra da Araújo, líder em Minas Gerais, que fatura R$ 1 bilhão anual. A DINHEIRO, que antecipou os negócios fechados recentemente em sua edição de 12 de setembro, apurou que BR Pharma e Araújo continuam conversando e o negócio deve sair em algus meses. A efervescência do varejo brasileiro de medicamentos, que faturou cerca de R$ 40 bilhões em 2011, está atraindo agora competidores internacionais. A CVS, maior rede americana, com receita anual de US$ 100 bilhões, está interessadíssima em fincar sua bandeira no País. Recentemente, intensificou os contatos com as brasileiras buscando comprar participações. Uma delas foi a paulista Onofre, que no fim da semana passada negou que esteja à venda.
Veículo: Isto É Dinheiro