Exportação gaúcha registra queda de 2,6%

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As indústrias gaúchas fecharam fevereiro com queda de 2,6% nas suas exportações, em relação ao mesmo período do ano passado. O setor foi responsável por 87,66% das vendas externas do Estado, que somaram US$ 1,18 bilhão. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor Müller, entre os fatores que explicam o resultado está a perda de US$ 40 milhões nos embarques para a Argentina, que totalizaram US$ 103 milhões no mês, devido ao acirramento das barreiras impostas pelo país vizinho.

As desacelerações ocorreram em 12 dos 25 segmentos. As fortes retrações vieram de Couro e Calçados (-31,9%), Veículos Automotores e Carrocerias (-21%), Químicos (-14,9%) e Máquinas e Equipamentos (-11,4%). Juntos, responderam por 33,9% dos embarques do setor industrial. “As indústrias gaúchas têm uma forte vocação exportadora, tornando o Rio Grande do Sul mais exposto à contração da demanda provocada pela crise internacional. O câmbio valorizado, os altos custos de produção e as deficiências de infraestrutura e logística também atuam no sentido de diminuir a competitividade dos exportadores”, explicou Müller, destacando que o resultado ficou bem abaixo da média brasileira, cujo avanço chegou a 6,5% em fevereiro.

Já as vendas totais do Estado tiveram uma elevação de 1,4% devido aos bons resultados das commodities, principalmente da soja, cujo valor passou de zero para US$ 30 milhões. Apesar desse aumento, ainda não é possível avaliar os impactos da estiagem na balança comercial, pois, em 2011, as vendas externas dessa mercadoria ocorreram mais tardiamente, a partir de abril. As exportações do setor primário, em fevereiro, avançaram 52,9%, ante igual período de 2011, elevando a sua participação na pauta gaúcha de 7,5% para 11,2%.

No que se refere aos destinos, os Estados Unidos garantiram o primeiro lugar ao receberem 10,2% dos produtos gaúchos enviados ao exterior, principalmente tabaco não manufaturado e hidrocarbonetos. Na segunda posição, a Argentina respondeu por 8,8% de tudo que o Rio Grande do Sul vendeu, apesar de ter diminuído os seus pedidos em 28%, em relação ao ano passado. Os produtos exportados ao país vizinho se concentraram em éteres e polietilenos. Em seguida vem a China, comprando 5% do total, especialmente óleo de soja e pasta química de madeira.

O Rio Grande do Sul foi o quinto Estado que mais exportou no mês passado, somando 6,6% da pauta brasileira. A primeira posição ficou com São Paulo (22,8%), seguido por Minas Gerais (14,7%), Rio de Janeiro (13,6%) e Paraná (7%). As importações do Estado aceleraram 0,3%em fevereiro, ante o mesmo mês do ano passado, e somaram US$ 1,08 bilhão. Cerca de 80% das compras se concentraram em bens intermediários e combustíveis e lubrificantes. O saldo da balança comercial fechou positivo em US$ 97milhões.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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