Aposta é de clima mais regular neste ano, com períodos mais longos de baixas temperaturas.
Os principais polos de confecção do Estado já estão abastecendo as lojas com a coleção outono/inverno e a previsão é de que as vendas aumentem até 15%, segundo representantes do setor, somando aproximadamente R$ 420 milhões. Em Monte Sião (Sul de Minas), onde 70% dos negócios estão associados às roupas da estação mais fria do ano, os empresários estão otimistas e esperam faturar R$ 120 milhões com as cerca de 25 milhões de peças produzidas, o que corresponde a um crescimento de 15% na receita em relação a 2011.
"A aposta é que o inverno será mais regular neste ano, com períodos mais longos de baixas temperaturas, o que acaba favorecendo as vendas", diz o presidente da Associação Comercial e Industrial de Monte Sião (Acims), João Tadeu Machado. O setor é o maior gerador de empregos do município, sendo responsável por 8,5 mil postos de trabalho.
Segundo ele, as coleções estão prontas desde novembro e já podem ser vistas em algumas lojas do Brasil, principalmente de São Paulo, para onde são destinados 60% da produção. " o nosso principal mercado consumidor, seguido do Rio de Janeiro, que recebe 15%. O restante é distribuído pelas demais regiões do país", explica Machado.
De acordo com o presidente da Acims, das 1,5 mil empresas que a entidade representa, cerca de 70% concentram a produção nesta época do ano. "Para o nosso segmento, quanto mais frio, melhor. Hoje, a tendência é o tricô, utilizado pelas grandes grifes e pelos estilistas, o que deve ajudar nas vendas", destaca.
Divinópolis - As confecções do polo da região Centro-Oeste do Estado também apostam na coleção outono/inverno para incrementar os negócios. Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário de Divinópolis (Sindivesd), Antônio Araújo Rodrigues Filho, parte das empresas do setor antecipou a produção para atender à grande demanda do período.
"As indústrias que trabalham sob encomenda já encerraram as vendas e começaram a entregar os pedidos. Temos ainda aquelas que lidam com pronta-entrega e que lançaram na semana passada as peças da nova estação. Todas estão confiantes nas vendas", disse. De toda produção do polo de Divinópolis, a coleção de inverno representa 40%.
"O setor está investindo no design exclusivo e no cuidado maior com o acabamento, sempre de olho nas tendências do mercado, para agregar valor ao produto final. preciso investir no diferencial para fazer frente aos importados", completa Rodrigues Filho.
Pelo menos 1,8 mil empresas integram a cadeia de Divinópolis, sendo 1 mil na indústria de confecção e 800 no comércio de roupas, acessórios e vestuário em geral. A indústria têxtil emprega 20 mil trabalhadores no município, 8 mil deles diretamente. A produção do polo é estimada em 25 milhões de peças/ano e movimenta R$ 300 milhões.
Veículo: Diário do Comércio - MG