RH mapeia profissionais com risco de evasão

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Acompanhamento evita debandada


Estudo da consultoria internacional Hay Group feito no Brasil com 83 empresas aponta que 43% estão muito preocupadas com as estratégias para manter talentos.

É o caso da Nestlé. Para segurar 1.140 líderes, a multinacional alimentícia periodicamente traça um mapa do risco de cada profissional dar um adeus definitivo à companhia e trocar de emprego.

No estudo, elaborado pelo setor de RH com o gestor direto do funcionário, são analisadas as possibilidades de ele receber proposta de outra empresa e de estar infeliz e estagnado profissionalmente.

Essa estratégia de retenção tornou-se importante "porque a empresa contrata líderes com perfis diferentes", avalia Lucimar Lencioni, gerente de desenvolvimento de carreiras da Nestlé.

Há 20 anos na multinacional alimentícia, o gerente executivo Marcus Dambrosio, 42, é um desses profissionais identificados pelo RH.

Na companhia desde 1992, ele diz ter recebido propostas de emprego e recusado todas. "Nem ouvi o que as empresas tinham a me oferecer", frisa.

PROPOSTAS

Como Dambrosio, Vagner Pin, 42, diretor comercial da Pfizer, afirma ter recusado mais de 50 convites de trabalho nos 16 anos em que está na farmacêutica. "A cada nova fase profissional, tenho uma meta diferente."

Diante da disputa por talentos pelo mercado de trabalho, elaborar estratégias de retenção com base no perfil dos assediados virou chave para barrar a concorrência.

Neste cenário, as empresas passaram a ouvir a opinião de funcionários sobre suas funções e sobre a companhia antes de criarem as táticas.

Foi o que fez a farmacêutica Roche. Para demonstrar ao profissional que ele é compreendido e faz parte de um time, projetos relacionados à visão da organização são avaliados por grupos de funcionários sorteados aleatoriamente.

"A empresa ganhou a cara da nossa equipe", diz a diretora de RH Denise Horato.


Desenvolvimento de carreira é recurso mais utilizado em 2012


Investir no desenvolvimento de carreira dos funcionários é opção de 79,8% das empresas quando o quesito é reduzir a evasão de talentos, aponta estudo do Hay Group.

Segundo Caroline Marcon, gerente de desenvolvimento de negócios da consultoria, essa é a tática mais barata e eficiente de retenção.

"Ela toca diretamente na vida do profissional porque tem a ver com suas ambições pessoais e com sua visão de futuro de carreira", explica.

Dentro da estratégia, acrescenta, é criado um plano de carreira com os cargos que o funcionário pode pleitear e com os requisitos para ocupá-los.


Veículo: Folha de S.Paulo


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