Comércio lidera pedidos de aporte

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Empresários aumentam faturamento anual com a expansão e a reformulação do negócio


Quando chega o momento de expandir o negócio ou até mesmo salvá-lo da falência, os microempreendedores encontram dificuldades para obter crédito. O baixo faturamento e a escassez de bens financeiros levam os bancos a negar as solicitações por falta de garantia.

Para 200 mil microempreendores brasileiros, a solução surgiu no formato "pinga-pinga" do microcrédito -aporte oferecido em pequenos valores por bancos ou por Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público).

Esse é o panorama traçado pela pesquisa "Perfil das Instituições de Microfinanças no Brasil", realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em parceria com a ABCRED (Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças).

O estudo foi feito em 2011 com 75 das 103 Oscips cadastradas no MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

O valor médio dos empréstimos é de R$ 2.800. O teto, porém, é de R$ 15 mil, segundo as normas do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, do MTE.

De acordo com Ana Maria Monteiro Filho, administradora do programa, a média é baixa porque o crédito "geralmente é oferecido em diferentes operações", conforme o pagamento é realizado em dia (veja tira-dúvidas na pág. 3).

COMÉRCIO

O levantamento mostra também que empresários dos setores de comércio e serviços são os que mais recorrem a esse aporte, representando 55% e 28% do total dos clientes, respectivamente.

Francisca Evangelista, 51, faz parte dessa maioria. Em 2009, ela usou o microcrédito para reformular a sua loja, a Vivi Modas Fashion. O resultado foi tão satisfatório que ela planeja nova injeção de capital para breve. "Em maio, vou pegar R$ 2.500 para criar uma seção de artigos infantis."

Aline Rodrigues, 21, sócia da loja de moda feminina Ruth Rodrigues, tinha uma barreira para fazer as coleções saírem do papel: falta de dinheiro para comprar tecido.

"Comecei em 2010 com R$ 50 no bolso e sem capital de giro", conta. Rodrigues tomou R$ 5.000 em crédito, divididos em três operações. Segundo ela, o faturamento anual do ponto saltou de R$ 18 mil para R$ 48 mil em três anos.

EXIGÊNCIAS

"O diferencial do microcrédito está na exigência de garantias acessíveis ao empresário, como bens comerciais e fiadores", exemplifica Carlos Alberto dos Santos, diretor-técnico do Sebrae.

Outro tipo de garantia é a formação de grupos "em que todos os integrantes são responsáveis pela pontualidade no pagamento das dívidas".


Veículo: Folha de S.Paulo


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