Segmento reivindica prorrogação de seis a nove meses, além da inclusão de móveis e material de construção.
O setor varejista quer que o governo prorrogue a redução do (Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca entre seis e nove meses e reivindica que sejam incluídos no pacote móveis e material de construção.
O benefício fiscal está previsto para terminar no próximo dia 31 e é válido para geladeira, fogão, lavadora e tanquinho. O objetivo é que chegue a 31 de setembro, ou, na melhor hipótese, 31 de dezembro.
"Estamos prevendo uma desaceleração do varejo nos próximos meses. O governo deve tomar medidas adequadas para permitir a retomada da economia", afirma o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro.
Projeções - Segundo ele, estudos feitos pelo IDV apontam que as vendas globais do setor terão alta de 6,5% em março, último mês da redução, na comparação com o mesmo período de 2011. Em abril, cairão para 6,2% e, em maio, para 5,6%. "O IPI menor já fez efeito, mas o prazo do benefício, de quatro meses, foi muito curto. A decisão de compra de um eletrodoméstico não é imediata. Precisamos dar mais tempo para o consumidor", argumenta Castro.
As vendas de eletrodomésticos da linha branca que foram desonerados tiveram aumento de 22,63%, em média, entre dezembro e fevereiro na comparação com o mesmo período no ano anterior. Se não houvesse o IPI menor, a estimativa é de que esse aumento ficaria entre 7% e 10%.
Reunião - De acordo com o presidente do IDV, o pedido de prorrogação do IPI foi enviado ao Ministério da Fazenda há cerca de dois meses. Sem resposta, foi feita uma nova solicitação há dois dias. "Queremos fazer uma reunião para discutir o assunto com o ministro da Fazenda, na próxima semana. Estamos nos mobilizando para isso", diz.
Segundo ele, caso o IPI menor seja mantido, haverá um efeito positivo mensalmente de três pontos percentuais nas vendas do varejo. A pesquisa sobre o impacto do IPI menor foi realizada em 35 grandes redes varejistas do país.
Em 2011, o faturamento do varejo chegou a R$ 776 bilhões, excluindo dados de veículos e peças automotivas. Para este ano, a projeção do IDV é ultrapassar a marca de R$ 800 bilhões.
Veículo: Diário do Comércio - MG