De’Longhi traz para os lares brasileiros utensílio com recursos sofisticados para amantes do cafezinho gourmet
A marca italiana de eletrodomésticos De’Longhi aposta em inovação tecnológica para diferenciar seus produtos no Brasil, onde seu principal foco são máquinas automáticas de café ‘espresso’.
Metade do faturamento de R$ 39 milhões que a empresa registrou em 2011 veio da venda
delas, conta Neusa Pontes, diretora comercial da companhia.“Começamos a atuar no Brasil como filial em 2009, e tínhamos apenas dois modelos de máquinas de café automáticas. Hoje, são oito”. No ano passado, a empresa cresceu 85% no país e a expectativa é avançar 40% em 2012. “As máquinas automáticas têm impulsionado o desempenho e, percentualmente, cresceram muito mais que as manuais”, afirma Neusa.
Design e tecnologia italianos As máquinas automáticas têm recursos como display digital e “termoblock”, que proporciona melhor distribuição de calor, fazendo com que o espresso seja preparado sempre na mesma temperatura. “O café tem que estar quente a ponto de você conseguir beber sem queimar a língua, mas sem torrar o grão”.
Os dispositivos têm também umsistema de pré-infusão que envia três jatos de água para ressaltar o sabor e o aroma do café, cujo grão é moído na hora.Outras funções são indicações para encher repositórios de água e grãos e opções para escolher o tipo de café a ser preparado: forte, médio e fraco, curto ou longo. “Essas máquinas praticamente falam o que você precisa fazer”, diz Neusa.
Entre as automáticas, a linha Ecam, composta de quatro máquinas - das quais duas já são vendidas no país -, se destaca por ter, além dessas funções, recursos que otimizam o consumo de energia elétrica. E elas são menores e mais leves que outras automáticas - em média, pesam 3,5 kg a menos e são 50 centímetros menores.
O desenvolvimento dos produtos ocorre no centro de pesquisas na matriz italiana e leva de seis meses a umano. No laboratório, cerca de 150 pessoas trabalham em aspectos ligados a design e tecnologia, a partir de pesquisas. Sonho de consumo Os valores das máquinas automáticas seguem o nível de tecnologia utilizado nesses produtos. Enquanto as máquinas manuais da De’Longhi (há dois modelos à venda no país) custam de R$ 470 a R$ 900 e no mercado há alternativas a partir de R$ 200, as máquinas automáticas da fabricante italiana oscilam de R$ 2,6 mil a R$ 5 mil. Mas Neusa garante que esse não é impedimento para o público-alvo dos produtos - consumidores das classes A e B que gostam de cafés com grãos especiais. “Quem compra essas máquinas gosta de café e já se habituou ao paladar do café expresso tomado fora de casa. Elas são o sonho de consumo para ter em casa a mesma qualidade do café espresso tomado na rua. Aindústria está trabalhando para levar esse produto para o consumidor, porque a maioria das pessoas ainda toma café normal em casa”.
Neusa não vê no café em cápsula, como os da Nespresso, um concorrente. “Um diferencial
da nossa máquina é que o consumidor pode comprar o grão de qualquer país e moer na hora”, argumenta. “Tudo o que se falar de café só ajuda”, acrescenta. O desafio é conquistar quem ainda prefere o cafezinho coado no coador ou na boa e velha cafeteira elétrica. “Da cafeteira elétrica para a primeira máquina de espresso, que ainda é manual, a distância é muito grande. A partir da manual, o cliente começa a sonhar com a máquina que mói o grão e que faz tudo, que é nossa top de linha”, diz.
Veículo: Brasil Econômico