Desde o início das importações aceleradas de confecções e outros itens da Ásia pelo Brasil, há cerca de 10 anos, há uma divergência entre as empresas do setor têxtil não só de Santa Catarina, mas do Brasil. Enquanto as que fabricam no país desde o fio até a confecção estão desesperadas com o avanço das importações baratas e apresentam, muitas vezes, balanços no vermelho, as que compram parte ou tudo lá fora estão no azul. Essa divisão continua estressando e ficou mais preocupante para fabricantes locais nos últimos dias porque lideranças do governo do Estado informaram que seria negociada a continuidade dos incentivos aos têxteis em função das necessidades do setor.
Mas, ontem, o secretário da Fazenda do Estado, Nelson Serpa, e técnicos da pasta esclareceram que não passou de um mal-entendido. Disseram que o governo catarinense quer cortar logo justamente os incentivos aos setores têxteis, de aço e polímeros plásticos, que são os que mais reclamam da invasão de importados e da desindustrialização. Como há polêmica, o governo vai se reunir com o setor segunda-feira, na Fiesc, para saber o que realmente as empresas querem, para levar a proposta ao Ministério da Fazenda, em reunião terça-feira, em Brasília.
Veículo: Diário Catarinense