CSN quer recuperar mercado perdido em alimentos para o PET

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Depois de ver suas embalagens de aço para molhos e óleo de cozinha serem praticamente engolidas pelo plástico, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) quer tentar recuperar seu market share no segmento. O foco são produtos de maior valor agregado e a expectativa da siderúrgica é reverter esse quadro em até cinco anos.

"Vamos ter de nos reposicionar no mercado. Hoje, é difícil ter participação no nicho de alimentos mais baratos, como milho e ervilha", disse em entrevista exclusiva ao DCI o coordenador de Projetos e Inovação em embalagens do Centro de Pesquisas da CSN, Paulo Campissi.

De acordo com o engenheiro, a redução de custos é o principal foco da CSN para sobreviver nesse mercado. "Estudos têm sido feitos para associar produtos de maior valor agregado a esse tipo de embalagem", diz Campissi. Um dos exemplos citados por ele é o óleo de girassol, que tem um preço bem mais elevado que o de soja. "O público que consome esse produto percebe o valor agregado", destaca. Segundo Campissi, esse consumidor estaria disposto a pagar mais por isso.

A participação do aço no mercado de embalagens, em geral, gira em torno de 26,5%, segundo a Associação Brasileira de Embalagens (Abre). O segmento de produtos químicos é o que mais demanda o aço, por abrigar de maneira mais segura o conteúdo, devido as suas propriedades. No entanto, o nicho alimentício vem sofrendo cada vez mais a perda nesse mercado. Segundo a Associação Brasileira da Embalagem de Aço (Abeaço), a produção desse artigo para abrigar óleo de cozinha foi de 67,5 milhões de unidades, em 2011, o que representa apenas 2,5% do mercado total de óleo de cozinha no País. Os outros 97,5% foram embalados por PET. Em meados de 1990, 100% desse alimento eram envasados em latas de aço.

Atualmente, a CSN tem capacidade de produzir 1 milhão de toneladas de embalagens de aço por ano. Em 2011, a siderúrgica fabricou cerca de 700 mil toneladas. "Queremos recuperar o mercado perdido para o PET. Em quatro ou cinco anos, pretendemos ter de volta até 40% do que perdemos", diz Campissi. Nos dias 25 e 26 de abril, a CSN se junta a outras empresas e especialistas do mercado para discutir negócios e sustentabilidade no 1º Congresso de Embalagem de Aço, promovido pela Abeaço.



Veículo: DCI


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