Frio eleva vendas de roupas de tricô e lã

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Feira prevê receber 80 mil pessoas.

Belo Horizonte sedia, até domingo (13), a 41ª Feira de Malhas de Tricô do Sul de Minas. A expectativa é de que 80 mil pessoas visitem o evento neste ano, que acontece no Minascentro, na região central. Os 100 estandes vão oferecer peças em malhas de tricô, algodão, couro, linha, lã, jeans e tecidos planos. Entre os produtos, o consumidor vai encontrar pijamas, moda íntima, feminina e masculina, fitness, perfumes e bijuterias, além de comidas típicas, como doces e quitandas.

A feira reúne produtores das cidades do Sul de Minas, como Albertina, Inconfidentes, Jacutinga, Monte Sião e Ouro Fino, que representam 70% dos expositores. Os 30% restantes estão divididos entre os produtores de tecidos planos de São Paulo, principalmente das cidades de Águas de Lindoia, Socorro, Serra Negra e Amparo. Serão expostas ainda as peças em couro produzidas em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, os pijamas produzidos no Rio de Janeiro, malhas do Espírito Santo e rendas do Rio Grande do Norte. A capital mineira participa com seis estandes de fábricas de jeans, bijuterias e moda íntima.

Segundo o organizador-geral do evento, Antônio Raffaelli, da Dynâmica Eventos, a expectativa de negócios é de R$ 2,5 milhões durante os 10 dias de evento. "As peças oferecidas são de ótima qualidade, mas variam de preço entre R$ 15 e R$ 150", explica. Para Raffaelli, a Capital é um dos maiores mercados consumidores das malharias do Sul de Minas. "Certamente contribuímos para cada vez mais firmarmos uma das inúmeras características de Belo Horizonte, que é o turismo de negócios", completa. Há 16 anos, a empresa do organizador é responsável pela feira.

Além da vantagem para os expositores, a feira gera em torno de 400 contratações temporárias, entre vendedoras, pessoal de segurança, limpeza, transporte, saúde, recepção, brigada de incêndio, montagem, eletricistas e plantonistas. Segundo Raffaelli, os hotéis, restaurantes, táxis, bares e comércio local que recebem e atendem os expositores do evento e as suas equipes também saem ganhando. "Geramos muitos empregos indiretos", aponta.


Sazonal - O inverno é a estação do ano mais aguardada pelas malharias do Sul de Minas. As vendas de abril, maio, junho e julho representam 80% da demanda anual das confecções da região. "Nossos produtos são sazonais, feitos para o inverno. Por isso temos que aproveitar este período, que ainda coincide com o Dia das Mães, a melhor data comemorativa para os nossos negócios", diz Raffaelli. Cada produtor investiu cerca de R$ 6 mil para participar da 41ª edição da feira. O valor inclui gastos com aluguel de estande, estadias, transporte pessoal e de cargas, impostos, contratação de funcionários, táxi, alimentação, entre outros.

A produção do vestuário de malhas de tricô é a principal atividade de cidades do Sul de Minas Gerais, como Jacutinga e Monte Sião. Grande parte dos fabricantes é composta por microempresários que trabalham em família e revendem a maioria da produção para lojistas, turistas e "sacoleiros" de várias regiões do país. Com o aumento da demanda e a realização de feiras em vários estados brasileiros, os produtores de malhas da região estão se profissionalizando, mas sem perder a característica de empresas familiares.

Para se manterem antenadas no volátil mercado da moda, essas microempresas mineiras estão contratando estilistas e consultores de moda, interados nas tendências de cada estação. Alguns empresários acompanham os principais desfiles das grifes mais famosas do mundo em Paris, Roma e Estados Unidos. "Tudo o que é visto fora do país sobre tendência de moda, é possível encontrar na nossa feira, todos adaptados para o inverno tropical do Brasil", garante Raffaelli.


Concorrência - Para superar a concorrência chinesa, as malharias do Sul de Minas realizam constantes investimentos em tecnologia e em capacitação profissional, o que resulta em um ganho competitivo. "A Ásia, com praticamente um terço da população mundial e um salário-base de US$ 30, abre em todos os setores uma concorrência preocupante. Por isso, renovamos o nosso parque industrial, reavaliamos conceitos, readequamos despesas, produtividade e lucros", afirma o coordenador.

"A oportunidade concedida para a realização deste evento é de vital importância para a continuidade da microrregião produtora de tricô, cujo pilar da economia se faz de milhares de pequenas e médias empresas familiares. Com a feira, estes empreendedores têm a chance de se tornarem conhecidos, além de expor e comercializar seus produtos em um espaço privilegiado", celebra.

A 41ª Feira de Malhas de Tricô do Sul de Minas acontece entre os dias 4 e 13 de maio, no Minascentro, na rua Guajajaras, 1.022, região central de Belo Horizonte, de 13 horas às 21 horas. A entrada custa R$ 5 e é isenta para estudantes e idosos. Segundo Raffaelli, é possível imprimir uma cortesia no site www.dynamicaeventos.com.br. Durante o evento, cinco vale presentes no valor de R$ 100 serão sorteados entre os visitantes.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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