Estrela estreia em aplicativo para celular e vai reduzir importação

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A Brinquedos Estrela lançou ontem seu primeiro aplicativo para celulares, o Banco Imobiliário Geo, versão digital do jogo, que utiliza a rede social de geolocalização Foursquare como ferramenta. Com investimento de R$ 300 mil no desenvolvimento, feito em parceria com a agência DM9DDB e o banco Itaú, a novidade prepara terreno para o lançamento do projeto "Estrela Digital", que reunirá as principais marcas da empresa em versão eletrônica, e deverá ser lançado ainda este semestre.

O jogo, a princípio disponível apenas para o sistema operacional iOS, utilizado por iPhones e iPads, poderá ser baixado gratuitamente na Apple Store. Até julho, o aplicativo será oferecido também na plataforma Android, sistema operacional líder de mercado no País, com mais de 61% de participação no final de 2011, segundo dados da consultoria Nielsen - em quarto lugar, o iOS detinha 5,5% do mercado naquele ano. A empresa espera obter 1 milhão de downloads até o final do ano.

Segundo o presidente da Estrela, Carlos Tilkian, o objetivo da companhia neste momento não é obter receita. "Queremos mostrar capacidade de inovação e perspectivas de futuro para a companhia, mas esperamos que mais adiante o segmento possa contribuir para o aumento de receita", diz, acrescentando que o jogo digital será uma forma de "resgatar" o consumidor mais velho.

A "Estrela Digital" deverá ser a primeira tentativa da companhia de viabilizar um modelo comercial para o segmento. "Será um mix de patrocínio de empresas e downloads pagos de aplicativos", adianta Tilkian. Empresas do mercado imobiliário, financeiras e a indústria de alimentos infantis deverão ser sondadas pela companhia, diz ele. Além do Itaú, MasterCard e Fiat já realizaram parecerias com a Estrela para ter suas marcas incluídas em jogos.

Os aplicativos estão sendo desenvolvidos pela .Mobi, empresa de mobile marketing do Grupo RBS. "É mais vantajoso comprar serviços de especialistas do que ter mais uma área de produção", diz o executivo. Segundo ele, o digital não deve substituir os brinquedos físicos. "São um complemento", diz ele, lembrando que o setor de brinquedos cresceu 10% em 2011 e a Estrela, 20%.

De acordo com Tilkian, a empresa deve reduzir a importação de componentes e brinquedos prontos, de atuais 30% do portfólio, para até 20% em 2013. "O fim das vantagens para a importação oferecidas pelos estados e o melhor patamar de câmbio estão tornando a produção no Brasil mais atrativa". Segundo ele, as fábricas da Estrela estão preparadas para produzir até 90% das necessidades da companhia. Em 2012, a empresa deve investir R$ 15 milhões em propaganda e R$ 8 milhões no desenvolvimento de produtos.



Veículo: DCI


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