Supersafra traz preocupação para produtores e indústria da laranja

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Além do excesso de produção, estoques estão elevados nas processadoras e exportação cai

Indústria exportadora prevê, no pior cenário, que 83 milhões de caixas de 40,8 kg cada uma fiquem nos pés


A combinação entre queda nas exportações, estoque elevado de suco nas indústrias e safra grande pode fazer com que quase um quarto da laranja da atual temporada fique no pomar.

Uma estimativa divulgada ontem pela CitrusBR, que representa a indústria exportadora de sucos, prevê, no pior cenário, excedente de 83 milhões de caixas de laranja de 40,8 kg na safra 2012/13.

A situação crítica motivou a convocação de reunião de emergência, amanhã, no Ministério da Agricultura, para discussão do problema.

Costurado pela câmara setorial de citricultura do ministério, o encontro terá a participação de representantes da indústria, de produtores e também do governo.

Entre as medidas que serão discutidas estão o pedido de prorrogação da linha especial de crédito para financiar a estocagem de suco e a participação da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) na compra da fruta.

A pauta, no entanto, não é fechada. "Tudo é alternativa. Vamos pensar em conjunto para ver se conseguimos viabilizar uma saída", disse o presidente da câmara, Marco Antonio dos Santos.

Outro objetivo é incentivar o consumo interno "in natura", já que a indústria diz que a fabricação de suco não vai absorver toda a produção.

Segundo a estimativa da CitrusBR, a indústria terá capacidade para processar apenas 247 milhões de caixas da safra, prevista em 364 milhões. Se o consumo "in natura" se mantiver na faixa dos 34 milhões de caixas, como em 2011, restará o excedente de 83 milhões de caixas.

A indústria diz que terá limitação no processamento porque prevê chegar a junho com estoque de 556 mil toneladas de suco, muito acima das 214,3 mil toneladas do início da safra passada.

Segundo Christian Lohbauer, da CitrusBR, o que está em discussão não é o valor que a indústria pagará pela caixa ao produtor, mas, sim, uma alternativa para o excedente.

"Queremos montar um plano para remediar uma situação em que, na pior das hipóteses, mais de 80 milhões de caixas vão cair do pé."

Do lado dos produtores, sobra preocupação. A maioria ainda não fechou contrato com indústrias, segundo a Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores).

Fernando Francisco Germano, de Aguaí (SP), na atividade desde 1988, disse nunca ter visto um momento tão desfavorável. "Em outros anos, nesta época, já tínhamos contratos."



Veículo: Folha de S.Paulo


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