Redes como Marisa e Renner garantem que seus serviços financeiros não sofrerão
Mesmo com a queda nos juros, varejistas de vestuário garantem que seus serviços financeiros não devem ser afetados, contrariando a visão de alguns analistas quanto a uma menor participação do crédito no lucro operacional das companhias. O juro real cada vez menor exige escala maior para garantir ganho com a operação, mas ao mesmo tempo as taxas reduzidas tendem a atrair mais clientes e estimular o consumo.
“Uma redução dos juros pode fomentar um maior apetite por crédito, de forma que mais clientes estariam dispostos a financiar suas compras, compensando assim parte da perda nas taxas de juros com maiores volumes de financiamentos”, disse o diretor de produtos e serviços financeiros da Marisa, Arquimedes Salles.
Na Marisa, os cartões com a marca da loja e a financeira Sax responderam no primeiro trimestre por quase 87% do lucro operacional medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação).
A Renner, que teve quase metade do seu Ebitda vindo dos serviços financeiros de janeiro a março, vem se preparando para trabalhar com os juros mais baixos desde agosto do ano passado, quando o atual ciclo de cortes da Selic começou. Naquela ocasião, a rede varejista colocou em fase de teste tarifas mais baratas para o seu cartão de crédito e juros menores em cinco praças consideradas estratégicas. A companhia está expandindo a ação.
Veículo: Brasil Econômico