Cotação do algodão registrou queda de 5% em maio

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Comportamento verificado no mercado doméstico deve-se, basicamente, à forte retração ocorrida no âmbito externo.


Cotonicultor terá que ofertar a fibra a preços competitivos no mercado externo

O mercado brasileiro de algodão acumulou queda de 5% em maio. No CIF de São Paulo, a fibra encerrou cotada a R$ 1,62 por libra-peso, contra R$ 1,60/libra-peso no fechamento de abril e R$ 2,32 (-34,5%) do final de maio de 2011.

Segundo o analista de Safras & Mercado, lcio Bento, o comportamento verificado no mercado doméstico deve-se, basicamente, à forte retração ocorrida no âmbito externo.

Depois que o Usda (departamento agrícola norte-americano) divulgou números para o ano comercial 2012/13, as cotações na Bolsa de Nova York romperam o suporte de US$ 0,80/libra-peso e foram buscar o de US$ 0,70/libra-peso. Ao final do mês, a queda acumulada foi de 19,8%.

Com isso, o recuo no mercado interno só não foi mais intenso devido à escassez de produto de qualidade superior no disponível e à desvalorização do real em relação ao dólar. No mês, o dólar comercial se elevou 5% em relação ao real.

"Mantida a fraqueza das cotações internacionais e com o ingresso da safra nova brasileira, o lado comprador está em vantagem nesta queda de braço pela formação de preços", explica o analista. "Isso porque, na atual temporada, a produção estimada supera o consumo doméstico em 1,02 milhão de toneladas", frisa. Conforme Bento, para escoar esse excedente os cotonicultores brasileiros terão que ofertar a fibra nacional a preços competitivos no mercado externo.

Distribuição - Os produtores brasileiros de algodão registraram 750.051 toneladas de algodão da safra 2011/12 até a quarta semana do mês de maio na Bolsa Brasileira de Mercadorias. O montante corresponde a 38,1% da produção estimada em 1,97 milhão de toneladas. No mesmo período do ano passado, a safra 2010/11 tinha 907.737 toneladas registradas, o que correspondia a 48% do montante produzido.

O volume registrado da safra 2011/12 está distribuído em 51% para exportação, 30% para exportação com opção de mercado interno e 18% para mercado interno. O maior volume registrado é do Mato Grosso, com 326.239 toneladas, o que corresponde a 32% da produção estimada. Os baianos registraram 264.767 toneladas, correspondente a 42% da produção estadual. De Goiás foram registradas 55.295 toneladas, ou 30% da produção. Do Mato Grosso do Sul foram registradas 21.974 toneladas, ou 24% da produção.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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