As exportações de café, incluindo o produto verde e industrializado, recuaram para 10,7 milhões de sacas nos cinco primeiros meses deste ano, 22% menos do que em igual período de 2011.
Ao baixarem para esse patamar, as exportações do produto caíram para o menor volume nos últimos seis anos.
Se consideradas somente as exportações de café verde, a queda é ainda maior (23%), conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e do Cecafé (conselho dos exportadores).
Apesar da queda no início do ano, Guilherme Braga, diretor-geral do Cecafé, considera que os resultados com as exportações ainda serão bons neste ano, semelhantes aos de 2011.
Para ele, embora a safra 2011/12 deva terminar com volume menor do que a 2010/11, os estoques de café seguem baixos, e a demanda, aquecida, o que faz com que os preços se mantenham.
As receitas totais do setor ficaram em US$ 2,7 bilhões de janeiro a maio, valor 18% inferior ao de igual período do ano passado, mas ainda bem acima do registrado nos anos anteriores.
Europa e América do Norte, tradicionais parceiros brasileiros no mercado de café, compraram menos neste ano. A Alemanha, líder nas compras, reduziu as importações para 2 milhões de sacas, 21% menos do que em 2011.
Já os Estados Unidos, o segundo maior mercado para os exportadores brasileiros, compraram 1,9 milhão de sacas, 31% menos do que de janeiro a maio do ano passado.
O lado positivo das exportações é que os cafés arábicas diferenciados -os chamados especiais- já têm participação de 31% no total dos embarques, segundo o diretor-geral do Cecafé.
Veículo: Folha de S.Paulo